A campanha de vacinação contra a poliomielite, a popular paralisia infantil, foi encerrada no dia 31 de outubro com 67% das crianças menores de 5 anos vacinadas em Catanduva. A meta seria alcançar 95% desse público-alvo, que é estimado em 6.743 pessoas no município. Apesar da cobertura baixa, a Secretaria de Saúde não lançou mão de nenhuma estratégia para tentar atrair os pequeninos.

O mutirão nacional de vacinação iniciado em agosto seria concluído em 9 de setembro, mas acabou estendido até o final de outubro. A orientação foi dada pela Secretaria de Estado da Saúde diante da baixa cobertura vacinal. Precisavam ser levadas aos postinhos crianças não vacinadas com as primeiras doses do imunizante e aquelas que deveriam tomar a dose de reforço, que acontece pela gotinha.

A poliomielite está erradicada no Brasil desde 1994, mas a baixa cobertura vacinal nos últimos anos preocupa especialistas. No domingo, 6, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez pronunciamento em cadeia de rádio e TV pedindo que pais e responsáveis vacinem as crianças contra a doença. O índice inferior a 70% se repete em todo o país. A vacina continua disponível nos postos de saúde.

Queiroga reforçou que ainda é possível atingir a meta de 95% de crianças vacinadas. “Há 32 anos a região das Américas é considerada livre da poliomielite, mas infelizmente as coberturas vacinais estão caindo no mundo, vacinadas estão caindo no mundo, assim como no nosso Brasil”, lamentou, completando que as taxas de vacinação foram agravadas pela pandemia do novo coronavírus.

A DOENÇA

A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, o poliovírus, e que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes e secreções eliminadas pela boca de pacientes. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.