
O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira, 8. uma lista de 80 municípios classificados como prioritários para ações de controle da dengue. Catanduva integra a relação e poderá receber apoio governamental, com reforço na assistência e novo centro de hidratação.
Segundo a pasta, o estado de São Paulo concentra 55 municípios que integram a lista, seguido pelo Paraná, com 14 municípios, pela Bahia e pelo Pará, com três municípios cada, por Goiás e pelo Acre, com dois municípios cada, e pelo Rio Grande do Norte, com um município.
Ao anunciar a estratégia, o ministro Alexandre Padilha ressaltou a significativa redução dos casos de dengue em 2025, em comparação com 2024. “Diante desse cenário, estamos priorizando a atuação em 80 municípios onde hoje há maior pressão sobre os serviços de saúde.”
A estimativa do ministério é que cerca de 68 milhões de pessoas vivam nesses 80 municípios, selecionados por registrarem alta transmissão de casos de dengue - mais de 50 casos por 100 mil habitantes - ou casos da doença em ascensão.
Todos os municípios da lista registram ainda população de mais de 80 mil habitantes e, portanto, maior possibilidade de sobrecarga assistencial em caso de surtos de dengue.
São José do Rio Preto lidera a listagem, com 3.048 casos por 100 mil habitantes, seguida por Ribeirão Preto, com 1.705, e Campinas, com 1.577. Catanduva aparece na 16ª posição, com 530 casos por 100 mil habitantes. Novo Horizonte é a 48ª cidade na relação, com índice de 223.
De acordo com a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Mariângela Simão, a proposta é reduzir os casos graves e os óbitos por dengue. A pasta planeja mobilizar a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) para reorganizar a rede assistencial dos municípios selecionados.
Segundo ela, o ministério está preparado para ofertar até 150 centros de hidratação com até 100 leitos cada nos municípios que integram a lista, com investimento de até R$ 300 milhões. “A hidratação, no caso da dengue, é a diferença entre a vida e a morte”, ressaltou a secretária.
As 80 cidades prioritárias também vão receber apoio do Ministério da Saúde para elaborar estratégia de expansão da cobertura vacinal, com ações como busca ativa de não vacinados, monitoramento dos estoques e garantia do abastecimento.
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