O resultado do IPS - Índice de Progresso Social 2025 não foi nada bom para Catanduva. A segunda edição do levantamento nacional, que mede a qualidade de vida, colocou a cidade na 264ª colocação entre os 5.570 municípios brasileiros e na 166ª entre os 645 municípios paulistas. O problema é que, no ano passado, Catanduva estava na 99ª posição do país no mesmo estudo.
O que pode servir como consolo é que, segundo o IPS Brasil, os dados de 2024 e 2025 “não são estritamente comparáveis”, devido a mudanças nos indicadores e tratamentos estatísticos.
O estudo nacional mede se a população tem acesso a direitos básicos e qualidade de vida, independentemente da sua renda ou investimentos no território. A metodologia se baseia em três dimensões: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-Estar e Oportunidades.
Esses eixos são divididos em 12 componentes temáticos e 57 indicadores públicos sociais e ambientais, que vão de saúde e moradia até inclusão social, liberdade individual e qualidade do meio ambiente. Os dados são de fontes oficiais, como IBGE, DataSUS, CadÚnico, Inep e CNJ.
Catanduva alcançou IPS 65,99 na escala de 0 a 100, resultado considerado neutro. Em Necessidades Humanas Básicas, o índice foi 83,38; Fundamentos do Bem-Estar teve 70,63; e Oportunidades apenas 43,95. Nesses três casos, o sistema comparou de forma automática o município com outros 50 com a mesma faixa de PIB – possibilitando diferentes análises.
Destrinchando as informações, é possível constatar desempenhos ruins em itens como Índice de Perdas de Água na Distribuição, Ideb Ensino Fundamental, Densidade de Internet Banda Larga, Obesidade e Famílias em Situação de Rua – aliás, o tópico Inclusão Social, no qual se encaixa esse último item citado, teve o de pior resultado entre todos os analisados: 31,06.
MELHOR E PIOR
Gavião Peixoto/SP foi eleita a melhor cidade para se viver em 2025, segundo o IPS Brasil, obtendo pelo segundo ano consecutivo uma pontuação alta com foco em bem-estar e oportunidades. O município, que abriga a unidade da Embraer, obteve notas excelentes em moradia, saneamento e educação. Já o pior resultado foi de Uiramatã, no norte de Roraima.
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