Catanduva chega a 500 casos de dengue e ganhará ponto de hidratação
Conforme Painel de Monitoramento, município possui um óbito em investigação, além de 769 exames aguardando resultado
Foto: Prefeitura de Catanduva - Secretaria de Saúde garante que vai intensificar os arrastões contra o Aedes
Por Guilherme Gandini | 07 de março, 2024

Levantamento feito pelo jornal O Regional no Painel de Monitoramento do Governo de São Paulo, que contabiliza dados sobre a dengue, revelou que Catanduva ultrapassou a marca de 500 casos positivos no ano, nesta quarta-feira, 6, em pouco mais de dois meses. Além disso, há 769 exames aguardando resultado, o que poderia elevar para até 1.271 casos no primeiro bimestre.

De acordo com os registros, de 1º de janeiro a 6 de março, foram 1.773 notificações, 502 casos confirmados, 769 em investigação e 500 descartados. Também há um óbito sendo apurado. Além disso, entre os confirmados, há 15 casos enquadrados como “dengue com sinal de alarme”, em que foram detectados sintomas que sinalizam para possível agravamento da doença.

Levando em conta critério adotado pelo governo estadual, que decretou emergência para a dengue quando alcançado o índice de 300 casos positivos por 100 mil habitantes, Catanduva já se enquadra nesse mesmo nível epidêmico. A cidade está, hoje, com 433 casos por 100 mil. Até 4 de março, 131 municípios paulistas haviam superado a marca; 22 decretaram emergência.

Ainda segundo o Painel de Monitoramento, entre as mulheres a faixa etária com mais casos positivos em Catanduva é a de 35 a 49 anos, com 87 confirmações (17%), seguida pelos grupos de 50 a 64 anos (56, 11%) e de 20 a 34 anos (54, 11%). Entre os homens, as faixas de 20 a 34 anos e 35 a 49 anos lideram com 56 casos positivos cada uma, equivalente a 11% cada.

Os principais sintomas relatados foram mialgia (88%), febre (82%) e cefaleia (82%). Depois também aparecem náusea (49%), dor retro-orbitária (45%), dor nas costas (32%) e vômito (24%).

COMPARATIVO

Nos dois primeiros meses do ano passado, Catanduva registrou 136 casos positivos de dengue, sendo 40 em janeiro e 96 em fevereiro. Este ano, com 502 confirmações no mesmo período, a alta corresponde a 271%. No ano passado inteiro, a cidade contabilizou 1.274 casos da doença, com pico no mês de abril, com 309 exames positivos. Em 2022, foram 3.721 registros ao todo.

Saúde descarta decreto, mas confirma posto de atendimento

O secretário municipal de Saúde, Adriano de Araújo, afirma que todas as medidas previstas no Plano de Contingência estão sendo tomadas pelo município. Questionado sobre a possibilidade de Catanduva decretar situação de emergência, ele disse que não haveria ganhos.

“Nesse momento, a única diferença seria facilitar para comprar algum tipo de insumo, mas como nós já fizemos todo esse planejamento, estamos dando andamento nisso e seguindo esse plano já traçado, o decreto não vai fazer nenhuma diferença, hoje, para o município”, pontuou.

Araújo confirmou que está sendo montado local para hidratação de pacientes com suspeita ou confirmação da doença. “Estamos locando os equipamentos necessários”, indicou o gestor, citando, também, a ampliação da equipe médica para atendimento na UPA – são 12 ao todo.

Paralelamente, ele garante que os arrastões estão sendo intensificados, a partir de plano distrital com auxílio dos agentes comunitários e da Sucem, que vai ceder volume maior de veneno e duas máquinas para pulverização veicular, com tipo de substância que não agride o meio ambiente.

“Tudo que está previsto, todas as ações necessárias hoje para combate e para tratamento da dengue estão sendo feitas”, reforça o secretário. “Estamos trabalhando no sentido de não esperar chegar num fator maior para tomar alguma atitude.”

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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