Casos de dengue sobem quase 1.000% em março em Catanduva
Em apenas três meses e meio, cidade se aproxima de forma rápida do dobro do registrado em todo o ano passado
Foto: PREFEITURA DE CATANDUVA - Equipe faz trabalho contínuo de bloqueio, nebulização e vistorias
Por Guilherme Gandini | 27 de abril, 2022
 

A curva de crescimento da dengue no município chama atenção e preocupa autoridades de saúde. De acordo com boletim divulgado pela Prefeitura de Catanduva no dia 20 de abril, março terminou com 541 casos positivos da doença, aumento de quase 1.000% em comparação com março do ano passado, que teve 50 confirmações. Há, ainda, 136 exames aguardando resultado.  

A explosão de casos em março também é 500% superior ao mês de fevereiro. Levando em consideração apenas os números deste ano, janeiro registrou 38 casos de dengue, fevereiro 89 e abril 145, mas neste último há 409 exames pendentes, o que indica tendência de agravamento.  

Em apenas três meses e meio, Catanduva soma 813 diagnósticos positivos, aproximando-se de forma rápida do dobro do registrado em todo o ano passado, quando houve 456 casos ao longo dos 12 meses.   

Em 2021, o ápice das confirmações foi em maio, quando houve 134 resultados positivos, conforme a data dos primeiros sintomas. O primeiro semestre teve 25 casos em janeiro, 25 em fevereiro, 50 em março, 80 em abril e 66 em junho. Nos seis meses seguintes, foram menos de 10 casos por mês, com 17 em dezembro.  

Ao Jornal O Regional, o secretário de Saúde, Rodrigo Neves, afirmou recentemente que o trabalh de combate ao Aedes seria reforçado. “Estamos com ações ampliadas para a retirada de criadouros, com toda a equipe de combate ao Aedes em conjunto com os agentes comunitários de saúde”, afirmou.   

A diretora de Vigilância em Saúde, Natália Costa, foi na mesma linha e pediu apoio da população. “Estamos em uma curva ascendente. As ações são fundamentais para conter o avanço da transmissão. O apoio da população é fundamental nesse trabalho.”  

Segundo o setor, a Equipe Municipal de Combate ao Aedes aegypti (EMCAa) mantém trabalho contínuo de bloqueio, nebulização, vistoria casa a casa e a retirada de criadouros em locais irregulares. Também são feitas ações nas escolas e campanhas de conscientização.   

DENGUE OU COVID-19? 

O ponto chave é o quadro respiratório. Tosse, produção de escarro, dor no peito, falta de ar e alteração do olfato e paladar são sintomas apenas da Covid-19 e não aparecem em pacientes com dengue. Por outro lado, há alguns sinais mais comuns na doença causada pelo Aedes aegypti e não pelo coronavírus. Quando a pessoa apresenta manchas vermelhas na pele, dores nas articulações e problemas gastrointestinais, o paciente provavelmente está com dengue. Estes sintomas não são frequentes em pessoas infectadas pelo coronavírus, apesar de possíveis.  

 

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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