A Secretaria de Saúde de Catanduva divulgou novos números da dengue no município. A atualização é datada de 8 de dezembro e leva em conta o período de janeiro a novembro. Conforme o relatório, em onze meses a cidade registrou 1.120 confirmações da doença e, de outubro para novembro, houve aumento de 58%, passando de 29 para 46 casos positivos.
Trata-se da primeira alta significativa desde o mês de abril, que foi o ápice da epidemia em 2023, no município. Nos primeiros meses do ano, foram registrados 38 casos em janeiro, 94 em fevereiro, 164 em março, 309 em abril e 246 em maio. A partir daí a queda é contínua, com 99 confirmações em junho, 51 em julho, 20 em agosto e 24 em setembro.
Além das 1.120 confirmações feitas no período, há 52 exames aguardando resultado referentes ao mês de novembro – o que pode elevar os indicadores da doença no 11º mês do ano. Em dezembro, conforme os dados fechados no dia 8, houve 15 notificações de suspeitas de dengue.
O secretário municipal de Saúde, Adriano César de Araújo, foi questionado pelo jornal O Regional sobre o cenário da dengue no município e as possíveis ações que estão sendo feitas para evitar nova epidemia no ano que vem. Não houve resposta até o fechamento desta edição.
No país, os números preocupam o Ministério da Saúde, que divulgou alerta esta semana. Segundo o órgão, os casos de dengue aumentaram 15,8% em relação ao ano passado. Também houve um aumento de 5,4% nas mortes. Além disso, pela primeira vez, depois de muito tempo, o Brasil tem os 4 tipos de dengue circulando no país. O tipo 3 não circulava desde 2007.
ENFRENTAMENTO
Para combater a doença, e ainda a chikungunya, a zika e a febre amarela, todas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, estados e municípios vão receber até o final deste ano mais de R$ 100 milhões do Ministério da Saúde. O anúncio foi feito na sexta-feira passada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante a apresentação do cenário da dengue no Brasil.
Além disso, a ministra anunciou a criação da Sala Nacional de Arboviroses que passou a funcionar, a partir de agora, 24 horas por dia, 7 dias por semana. Isso pra acompanhar, em tempo real, a evolução das doenças transmitidas pelo mosquito.
A vacina contra a dengue também foi mencionada por Nísia Trindade. Ela disse que o imunizante já foi avaliado, e teve parecer favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). E agora está em consulta pública para incorporação ao SUS.
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