Briga entre Trump e China pode beneficiar exportadores da região
Despachante aduaneiro Márcio Marcassa Jr e economista André Yano comentam que novo mandato pode favorecer empresários
Foto: Reprodução - Trump volta a comandar a nação mais poderosa do mundo
Por Da Reportagem Local | 21 de janeiro, 2025

A posse do presidente Donald Trump nos Estados Unidos, ontem, 20 de janeiro, representa momento de grande relevância para o cenário global e brasileiro de negócios e investimentos.  Afinal, Trump volta a comandar a nação mais poderosa do mundo. Mas e o impacto do seu novo governo? Ele vai mesmo criar barreiras comerciais? De que foram isso poderá impactar a região?

O despachante aduaneiro, Márcio Marcassa Jr, da Rio Port, empresa que opera com centenas de empresários da região, na importação e exportação, vê com otimismo a posse de Trump e principalmente a briga comercial que ele deve travar com a China. “Penso que tudo que foi falado durante as eleições, ele vai tirar um pouco o pé agora. Os Estados Unidos precisam da troca comercial. Ele pode até taxar alguns produtos, mas ele pode liberar outros. Ele vai querer trazer um protecionismo maior para as indústrias americanas, acredito que, principalmente, contra a China. E é aí que pode ser uma possibilidade boa para o Brasil, para os empresários brasileiros, terem algumas oportunidades de novos negócios. Em alguns segmentos ele pode barrar entrada da China ou de alguns outros países que ele considere mais agressivo para os Estados Unidos, e aí os Estados Unidos acabarão comprando do Brasil. Essa briga entre China e Estados Unidos e Rússia é oportunidade de novos mercados se abrindo”, afirma Marcassa.

André Yano, economista, assessor de investimento, que conta com vários clientes da região, acredita que a posse de Tramp será positiva para o empresário que exporta da nossa região. “Vejo que ainda não tem nada cravado. Vamos ter impressões. Então a impressão aqui é que ele vai começar um movimento de antiglobalizacao, então o que significa isso? Ele vai começar a fazer um movimento voltado para os Estados Unidos, um movimento de fortalecimento dos Estados Unidos em relação às posições de comércio internacional. Por conta dessa movimentação das relações comerciais e industriais americanas, a gente acredita que países como a China vão ser mais prejudicadas no sentido de que maior parte das importações americanas, no caso do Brasil, a gente não acredita que vai ser um movimento ruim, porque nós temos produtos muito competitivos e que atuando em áreas que os Estados Unidos não são tão competitivos assim. Somos bons vendedores de commodities, suco de laranja, açúcar, café e não só esses itens, mas também outros itens ali são importantes para a gente fazer uma entrada de maneira mais competitiva”.

Yano afirma que o dólar deixa os nossos produtos mais competitivos ainda. “Além disso também, obviamente a gente está falando, pode falar sobre a questão do dólar. Então, a questão do dólar é importante porque deixa o nosso produto ainda mais competitivo. Então, é um momento que eu vejo de possível fortalecimento das nossas exportações. Porque se de um lado é ruim para o brasileiro ter uma alta do dólar, por outro lado, para quem exporta, é muito favorável. Porque além de ter um câmbio favorável, sendo mais competitivo, uma vez que o real está mais desvalorizado. Então, o brasileiro tem um bom incentivo para exportar, por mais que eventualmente os EUA possam aumentar as taxas, ainda assim é um bom destino exportar para os Estados Unidos”.

 

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Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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