Voluntários da Associação Apoio ao Estudo, de Catanduva, reuniram-se no último sábado, 18, no Senac, com intuito de somar forças para ampliar a oferta de bolsas de ensino e atender outras demandas de interesse da instituição. Foi o primeiro encontro formal dos apoiadores desde que o projeto foi transformado em uma Organização da Sociedade Civil (OSC), no ano retrasado.

De acordo com o presidente da entidade, Wagner Ramos de Quadros, que iniciou o trabalho social de forma individual há mais de 20 anos oferecendo suporte a pessoas que desejam estudar, a transição para uma ação coletiva e maior começou a ser feita há cerca de 5 anos.

“Embora muitas pessoas em situação de vulnerabilidade tenham necessidades imediatas, a sociedade presta auxílio de várias maneiras. Já a instituição busca criar condições para que a pessoa possa reconstruir sua vida, transformar sua vida, e assim conquistar uma certa autonomia, ao invés de perpetuar uma situação de dependência”, pontua Quadros.

Ele cita que, entre as ações da associação, a oferta das bolsas de estudo é a que mais aparece para a sociedade. “Identificamos crianças e adolescentes que têm vontade de estudar, que têm suporte da família para estudar, não necessariamente material, mas a consciência de que estudar é importante. Isso gera condições para que esse trabalho possa ter bons resultados.”

Além da bolsa de estudo em si, a associação, dependendo da necessidade da família, contribui com o material didático e kit escolar, e oferece acompanhamento pedagógico, psicológico e até médico, no caso das crianças. E, para os adultos, há parceria com a Unifipa que tem recebido bolsistas nos cursos de Enfermagem, em nível técnico, e de Gestão de RH, superior.

“A Associação Apoio ao Estudo também quer ser um agente de reflexão, de pesquisa, de discussão, de debate, de união de pessoas que realmente se importam com a educação, e foi nesse contexto de intenção que nós realizamos, em 2024, o primeiro encontro dialógico sobre educação, em que nós reunimos as autoridades na área da educação no nível municipal e estadual de Catanduva, assim como representantes de várias escolas públicas e particulares, e provocamos um debate bem interessante, inédito, na história de Catanduva”, relembra.

A intenção, reforça, é promover o segundo encontro dialógico sobre educação este ano, tratando das escolas técnicas de Catanduva. “Dessa maneira nós pretendemos contribuir para que não apenas a gente abra a oportunidade para pessoas que querem estudar e que querem ter boas oportunidades de acesso a estudos de qualidade, mas também ajudar a fazer essa reflexão.”

Diante desse contexto, as pessoas que se reuniram no Senac no último sábado formarão um grupo de voluntários. “Então, nesse momento, nós temos, dentro da Associação Apoio a Estudo, um grupo de voluntários que se divide em algumas áreas de atuação e que passam a trabalhar de uma maneira mais concatenada, mais organizada, mais coordenada. Temos uma pessoa responsável pela área pedagógica, uma responsável pela área psicológica, duas responsáveis pela área financeira, três responsáveis pela área operacional e algumas pela área assistencial.”

Quadros lembra que o público atendido é composto por pessoas e famílias vulneráveis. “Muitas vezes essas pessoas que querem estudar, que têm disposição, que têm interesse, que têm o apoio da família, passam por determinadas necessidades. Então, este olhar assistencial também ajuda a que a pessoa e a família tenham as condições mínimas para que possam se dedicar ao estudo. Essas áreas é que vão dar suporte para que o apoio ao estudo seja mais estruturado.”