Apneia do sono reduz oxigenação e pode prejudicar o organismo
Ronco é o principal indicativo que uma pessoa sofre com esse distúrbio; ainda há fatores de risco que podem aumentar as chances
Foto: DIVULGAÇÃO - Polissonografia é um dos meios de fechar o diagnóstico de apneia obstrutiva do sono
Por Stella Vicente | 01 de setembro, 2022
 

A apneia obstrutiva do sono é um distúrbio que causa malefícios à respiração durante o sono, ocasionando roncos e um descanso pouco relaxante que impede que a pessoa recupere as energias enquanto dorme. Dessa forma, ela causa uma insônia persistente durante o dia e diversos sintomas que prejudicam o bem-estar e a saúde dos indivíduos.  

Uma das causas principais para essa doença é a obstrução das vias respiratórias, que ocorre por conta de músculos desregulados da faringe, reduzindo a oxigenação do sangue. Mas também existem hábitos que aumentam a possibilidade de um indivíduo desenvolver essa condição. Segundo o pneumologista e especialista em medicina do sono, Fábio Macchione, a apneia do sono tem alguns fatores de risco.  

“Os pacientes que apresentam um maior risco de ter essa doença são aqueles indivíduos que possuem pescoço largo e curto, conhecido como ‘pescoço em cartola’; que são obesos; do sexo masculino; e que têm alterações hormonais, como o hipotireoidismo; ausência ou diminuição do estímulo por hormônios femininos, como acontece na menopausa; e também aqueles com alterações anatômicas, que são extremamente importantes na faixa etária pediátrica, como uma hipertrofia de adenóide, aumento da amígdala e desvio de septo”, esmiuça o médico.  

Em adultos, as características mais frequentes da apneia são a suspensão da respiração por 10 segundos em cinco ou mais episódios por hora de sono e a redução dos níveis de oxigênio no sangue. O especialista ainda explica o que sentem esses pacientes.   

“Classicamente, os indivíduos com apneia do sono são extremamente sonolentos durante o dia e isso se deve a péssima qualidade do sono, causada pela doença, na noite anterior”, diz Fábio Macchione, que ainda ressalta que, em caso de casais que dormem juntos, o parceiro pode observar como o sono da pessoa em questão é, ajudando no diagnóstico, que é feito unindo o relato, a avaliação médica e a polissonografia, um exame que mapeia o comportamento durante o sono.  

Já as consequências da apneia do sono é que essa enfermidade pode causar ou agravar quadros preexistentes de doenças cardiovasculares, como é o caso da hipertensão arterial sistêmica, arritmias e infartos. Na maioria dos casos, o tratamento da apneia pode ajudar na redução e no controle da pressão arterial. 

 

 

Autor

Stella Vicente
É repórter de O Regional.

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