A cobertura vacinal da dose de reforço da bivalente contra a Covid-19 está em 9,23% em Catanduva. Das mais de 98 mil pessoas que deveriam ter voltado às unidades de saúde para tomar a vacina complementar, apenas 9.083 compareceram, derrubando os indicadores de imunização. Os números são do Vacinômetro do Governo do Estado de São Paulo.

Conforme a ferramenta, foram aplicadas no município 107.795 doses na primeira aplicação contra o coronavírus, a partir do início da campanha de vacinação, em 20 de janeiro de 2021. Naquela data, a primeira remessa da CoronaVac havia chegado à cidade, com 2.800 doses, e uma cerimônia foi organizada pela Secretaria Municipal de Saúde para iniciar os atendimentos.

A partir daí, foram 101.488 aplicações na segunda dose, 305 na terceira e 1.858 doses únicas, totalizando 314.265 vacinas administradas em Catanduva, o que resultou em cobertura de 84,22% no chamado esquema vacinal primário. Depois vieram as doses de reforços: 66.271 na primeira aplicação, 26.944 na segunda, 96 na terceira e 9.083 com a bivalente.

Quanto ao número de faltosos, o sistema contabiliza as pessoas que se ausentaram da 2ª dose no esquema primário, ou seja, que sequer ficaram totalmente protegidas. Das 107.757 aplicações previstas, foram efetivamente feitas 101.502, ou seja, 6.255 faltaram, equivalente a 5,80%. Depois, 35.510 não tomaram o primeiro reforço (34%) e 24.251 o segundo (46%).

O sistema de estatísticas do governo estadual revela também que a cobertura diminui à medida que a faixa etária também reduz. Por exemplo, no esquema vacinal primário, o único grupo que tem mais de 100% de cobertura é o de 75 a 79 anos. Ainda assim, apenas 28% desse público recebeu a dose bivalente. Para as pessoas de 6 meses a 59 anos, a cobertura não alcançou 10%.

RECOMENDAÇÃO

A vacina bivalente é recomendada para as pessoas que completaram o esquema básico de vacinação ou que já receberam uma ou duas doses de reforço, respeitando o intervalo de quatro meses da mais recente dose recebida. Questionada, a Secretaria Municipal de Saúde não se manifestou sobre a baixa cobertura vacinal e sobre a importância desse reforço contra a Covid.