Alimentos estimulantes e estresse podem agravar quadros de labirintite
Médico Evandro Marton destaca que o abuso de cafeína e termogênicos contribui para os sintomas mais comuns, como tontura, náuseas e zumbidos
Crédito: Divulgação - Evandro Marton: alimentos que mantêm a pessoa acordada e aceleram o metabolismo podem prejudicar o quadro
Por Da Reportagem Local | 07 de junho, 2023

Dados da Organização Mundial da Saúde mostram que 30% da população mundial, em algum momento da vida, terá quadro de tontura. A maior parte dos pacientes é mulher e com faixa de idade acima dos 40 anos. O estresse e fatores psicológicos, como ansiedade e depressão, além de noites mal dormidas, podem ser a causa. E sentir que o mundo está rodando não é nada bom, ainda mais quando essa sensação vem acompanhada de náuseas, zumbido no ouvido e suor frio.

Esses são os principais sinais da chamada labirintopatia ou distúrbio vestibular periférico, mais comumente conhecido como labirinte. O distúrbio ocorre quando há alteração no funcionamento do labirinto, estrutura responsável pela audição e pelo equilíbrio do corpo.

De acordo com o médico otorrinolaringologista Evandro Marton, é importante uma investigação para descartar fatores orgânicos. Além disso, no inverno, o consumo de alimentos com cafeína e chocolate para aquecer pode ser um gatilho para o agravamento do quadro. “Tudo que altera nossa condição psicológica também pode ocasionar algumas tonturas”, afirma.

Alimentos que mantêm a pessoa acordada e aceleram o metabolismo também fazem com que o labirinto trabalhe de forma acelerada. “Tudo aquilo que deixa a gente mais acordado, mais elétrico, mais ligado, digamos assim, faz com que nosso labirinto se acelere demais. Então, abuso de cafeína, de coca-cola e outros refrigerantes estimulantes, bebidas energéticas, chocolate, excesso de doce, porque o açúcar faz isso também, chá-mate, chá preto, tudo ajuda a gente a ficar mais acordado, mas podem contribuir esses sintomas”, ressalta o otorrinolaringologista.

Segundo ele, outros alimentos que estão associados, mas nem todo mundo lembra, são os termogênicos – tipos de suplementos que causam aumento da temperatura do organismo. Isso torna alvo da labirintite pessoas que usam esses produtos para treino de academia, por exemplo.

Uma dúvida comum é se a pessoa que sofre com crises de labirintite pode praticar atividade física. Segundo Evandro, não há contraindicações, aliás, os exercícios ajudam no tratamento de qualquer doença. “Não há nenhuma atividade física proibida. Pedimos para evitar durante o período de crise, movimentos mais bruscos, alguns exercícios ginásticos ou com mudanças bruscas de direção. Mas fora das crises é importante que se faça atividades físicas”, aponta.

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Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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