A concessionária Rumo confirmou que as três obras que estão sendo realizadas em Catanduva, como parte do plano de solução integrada, devem ser concluídas ainda este ano. A intervenção mais adiantada é a construção de um viário para interligar a avenida Theodoro Rosa Filho, nas imediações da UPA, até a avenida Los Angeles, próximo ao bairro Giuseppe Spina.
Nesse caso, segundo a Rumo, a obra avançou 65% e está até mesmo com a pavimentação concluída. O trânsito para os veículos, entretanto, continua bloqueado na rotatória da UPA.
As outras duas obras em andamento são passarelas para pedestres. Uma está sendo feita na avenida Cruzeiro do Sul, entre os bairros Anuar Pachá e Giuseppe Spina, com status de 35%, e outra na rua Porto Alegre, no São Francisco, sentido Corpo de Bombeiros, com 30%. As duas construções, segundo a Rumo, estão com a etapa de fundação concluída.
O projeto conduzido pela Rumo, após aval da Prefeitura de Catanduva, vai eliminar todos os cruzamentos da linha férrea com as ruas da cidade. Serão pelo menos 15 obras, incluindo dois viadutos, sete pontilhões e cinco passarelas, além de túneis de pedestres e acessos viários.
Conforme o projeto, todas as passagens de veículos e pessoas pela linha férrea serão em desnível, ou seja, por cima ou por baixo dos trilhos. Com isso, as atuais passagens em nível, como as existentes nas ruas 15 de Novembro, Florianópolis e São Paulo, serão fechadas. Toda a linha férrea, aliás, terá fechamento de ambos os lados ao longo de 11 quilômetros do trecho urbano.
O projeto foi apresentado pelo prefeito Padre Osvaldo (PL), em conjunto com a gerente de Relações Governamentais da Rumo, Giana Custódio, no mês de maio. As três primeiras obras somam R$ 20 milhões, sendo R$ 9,4 milhões para o acesso viário, R$ 6 milhões para a passarela do Pachá e R$ 6,5 milhões para a do São Francisco. O investimento global será de R$ 400 milhões.
OBRAS EM SP
A Rumo está realizando mais de 30 obras em 17 municípios do interior paulista de forma simultânea. Os investimentos são decorrentes da renovação antecipada da concessão, cujo contrato original, que venceria em 2028, foi renovado por mais 30 anos mediante uma série de contrapartidas focadas em melhorias na infraestrutura ferroviária e na mobilidade urbana.
Desde que o contrato foi assinado em 2020, a Rumo deu início a diferentes obras na malha ferroviária que integra o principal corredor de exportação do país em direção ao Porto de Santos. Até o momento, segundo a empresa, aproximadamente 25% das obras previstas no caderno de obrigações já foram entregues com a participação direta de mais de 10 empreiteiras.
De acordo com Rafael Langoni, diretor de Expansão da Rumo, o principal desafio que a concessionária encontra neste momento é a contratação de empreiteiras que demonstrem expertise, qualificação e capacidade de execução para os projetos do setor ferroviário.
“É um projeto com investimentos robustos e que continuará em ritmo acelerado, pelo menos até 2030. Sem sombra de dúvidas, o setor ferroviário será uma das principais alavancas de crescimento da construção civil”, destaca.
Com as obras executadas pela Rumo, foi possível aumentar a capacidade da malha ferroviária de 45 milhões de toneladas/ano em 2020 para os atuais 53 milhões de toneladas/ano. “A nossa expectativa é alcançar 75 milhões de toneladas/ano após a conclusão dos investimentos”, explica o diretor de Expansão.
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