Suspeitos de mortes de Bruno e Dom têm prisão preventiva decretada
Prisão temporária de um dos investigados acabaria hoje
Foto: REPRODUÇÃO REDES SOCIAIS - Dom e Bruno foram assassinados a tiros na região do Vale do Javari, na Amazônia, no começo de junho
Por Agência Brasil | 09 de julho, 2022

Os três principais suspeitos pelo assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Philips tiveram a prisão preventiva – sem prazo para acabar – decretada hoje (9), informou a Política Federal (PF). Na quarta-feira (6), a PF tinha pedido a conversão de prisão temporária dos suspeitos para mantê-los encarcerados.

Amarildo da Costa Oliveira, cujo apelido é Pelado; Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos; e Jeferson da Silva Lima, chamado de Pelado da Dinha, deverão ser transferidos para Manaus, onde ficarão à disposição da Polícia Federal e da Justiça Federal no Amazonas.

Os três são investigados pela morte a tiros de Bruno e Dom na região do Vale do Javari, na Amazônia, no começo de junho. Hoje, acabaria o prazo de 30 dias da prisão temporária de Amarildo, decretada em 9 de junho. Oseney foi preso em 14 de junho, Jeferson foi encarcerado quatro dias depois.

Inicialmente julgado pela juíza Jacinta Silva dos Santos, da comarca de Atalaia do Norte, noAmazonas, o caso foi transferido para a Justiça Federal no Amazonas porque a magistrada decidiu que a motivação está relacionada a crime contra os direitos indígenas, o que exige competência federal para o julgamento do caso.

Possível financiador

Além dos três suspeitos encarcerados, a Polícia Federal deteve em flagrante na quinta-feira (7) Rubens Villar Coelho. Conhecido como Colômbia, ele foi preso por uso de documento falso ao apresentar duas identidades, uma brasileira e outra colombiana, com nomes diferentes à delegacia da PF em Tabatinga (AM), onde havia ido voluntariamente prestar depoimento.

Em entrevista à imprensa, a Polícia Federal informou que Rubens negou envolvimento com o homicídio nem com a ocultação dos corpos de Bruno e Dom. O suspeito, no entanto, é investigado por ter ligações com Amarildo e por supostamente ser um dos financiadores da pesca ilegal em terras indígenas.

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Agência Brasil
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