Secretário de Saúde diz que tendência é que casos de dengue continuem altos
Para Adriano de Araújo, luta contra o mosquito exige atenção especial para a prevenção
Foto: Divulgação - Adriano de Araújo é taxativo sobre cenário: ‘o mosquito está dentro das casas’
Por Guilherme Gandini | 27 de outubro, 2024

Aos poucos, o regime de chuvas vai se regularizando e essa combinação de tempo quente com a água é perfeita para aumentar a proliferação do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue. Se bem que, ao analisar este ano, é possível perceber que as características desse vilão têm mudado, já que mesmo em meses mais secos, a doença continuou fazendo muitas vítimas.

De acordo com a Secretaria de Saúde de Catanduva, de janeiro a setembro deste ano, foram confirmados 6.571 casos de dengue na cidade. Porém, o painel de monitoramento do governo de São Paulo, atualizado até sexta-feira, 25, mostra 6.646 confirmações são. Para se ter uma ideia comparativa, em todo o ano de 2023, o município registrou 1.274 casos de dengue.

O município soma ainda 10 óbitos neste ano, 3 em março, 3 em abril, 3 em maio e 1 em junho. Foram 5 homens e 5 mulheres, todos com idades acima de 65 anos, exceto uma jovem de 21 anos. Há três mortes em investigação, que foram registradas nos meses de junho e setembro.

O secretário municipal de Saúde, Adriano de Araújo, afirma que a tendência é que a quantidade de casos positivos continue alta e que uma das estratégias é investir na prevenção.

“A previsão é que vai manter esses casos altos. Então, a nossa preocupação agora é começar a trabalhar já na prevenção, que ainda é a melhor maneira de combatermos a dengue. Para isso é necessário eliminar criadouros, que é o principal foco hoje, que é combater locais onde possa ter criadouros, onde possa ter as larvas, onde um mosquito possa estar colocando os ovos”, diz.

Ele reforça que, apesar das pulverizações feitas pela cidade, cujo veneno atinge o mosquito adulto, sem direcionar o combate ao criadouro, eliminando as larvas, não haverá sucesso.

“Para isso nós precisamos realmente de um auxílio enorme da população. Nesse período de estiagem, até a semana retrasada, mesmo sem chuva, mantivemos um número de dengue em toda a nossa região. Nas reuniões que a gente tem feito a nível estadual, isso não é uma especificidade da nossa região. Então quer dizer que o mosquito está dentro das casas.”

Autor

Guilherme Gandini
Editor-chefe de O Regional.

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