Saúde alerta para as doenças mais comuns nos períodos de chuva e calor
Estado de SP registra neste ano mais de 130% de aumento destas enfermidades em comparação com 2022
Foto: Governo de São Paulo - Número de casos notificados de doenças diarreicas supera o esperado para o período
Por Da Reportagem Local | 24 de fevereiro, 2023

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou alerta à população para o aumento de casos de doenças diarreicas neste início do ano. Até 4 de fevereiro, foram registrados 172,7 mil casos. No mesmo período de 2022, foram 74,1 mil, ou seja, um aumento de mais de 130%.

Atualmente, quando se avalia o número de casos a cada 100 mil habitantes, os Departamentos Regionais de Saúde (DRS) com mais registros este ano são os de Presidente Prudente, Marília e Araçatuba. Respectivamente, cada um teve 5,2 mil, 2,9 mil e 1,1 mil casos por 100 mil habitantes.

No período de chuva, as chances de contrair essas doenças aumentam. O contato com a água contaminada e a ingestão direta da água para consumo humano, preparo de alimentos e higiene pessoal configuram os principais meios de transmissão de doenças ocasionadas pelas enchentes.

Além disso, os locais atingidos também podem reter os contaminantes nos pisos, paredes, móveis, utensílios, roupas e outros objetos existentes nas residências.

Para a diretora do setor de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar do Estado, Alessandra Lucchesi, a população deve estar atenta aos sintomas e as prefeituras precisam orientar os munícipes para os riscos da doença.

“O número de casos notificados supera o esperado para o período. As doenças diarreicas, principalmente as agudas, podem ser graves e precisam de tratamento médico imediato. Neste período chuvoso, nós reforçamos com os equipamentos de saúde e prefeituras, com destaque para aquelas que sofrem mais com as chuvas, que orientem a população quanto aos sintomas e suspeitas e para que procurem uma unidade o quanto antes para iniciar o tratamento.”

Os sintomas mais comuns são diarreia líquida, náusea, vômito, cólica abdominal e febre, em alguns casos. Podem durar entre um dia e uma semana. Alguns microrganismos podem causar sintomas mais graves, como distúrbios neurológicos, renais, hepáticos, alérgicos, septicemia e até óbito.

Na quarta-feira, 22, a Secretaria de Estado da Saúde emitiu, aos municípios atingidos pelas fortes chuvas do último final de semana, uma nota técnica com cuidados e orientações em relação às doenças causadas por água e alimentos.

Cuidados para prevenir doenças após as enchentes

• Evite contato com as águas das enchentes. Caso isto seja inevitável, permaneça o menor tempo possível na água ou na lama. Se a sua casa foi atingida pela enchente, evite pisar diretamente na água ou na lama ou manusear objetos que tenham sido atingidos por ela. Proteja os pés e as mãos com botas e luvas de borracha ou sacos plásticos duplos.

• Se o local foi atingido pela enchente, após o recuo da água, providencie a limpeza e desinfecção dos ambientes, móveis, utensílios, roupas e outros objetos.

• Jogue fora medicamentos e alimentos que entraram em contato com as águas da enchente, mesmo que embalados com plásticos ou fechados, pois, ainda assim, podem estar contaminados. Alimentos perecíveis que ficaram sem refrigeração por falta de energia também devem ser desprezados. Para descartar alimentos e outros resíduos atingidos pelas enchentes, utilize sacos plásticos firmes e feche com lacre ou nó para não ser loco de ratos, baratas, moscas e outros insetos.

• É recomendável consumir sempre água do sistema de abastecimento público. No caso de desabastecimento do sistema público de água, o cuidado com a água deve ser redobrado. Outra opção é filtrar e ferver a água por três minutos.

• As unidades de saúde, em todos os municípios, distribuem gratuitamente frascos de hipoclorito de sódio 2,5%, próprio para diluir na água de beber e cozinhar, que também podem ser adquiridos em supermercados e farmácias.

• Lave bem as mãos antes de preparar alimentos e ao se alimentar.

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Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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