Polícia Ambiental sai à caça de infratores na piracema
Nessa época não é permitida a pesca de peixes nativos da região; mais de 1.700 pescadores já foram abordados
Foto: Divulgação/Alberto Semedo Neto - Objetivo da Polícia Ambiental é proteger a fauna aquática da pesca ilegal
Por Da Reportagem Local | 21 de novembro, 2024

A piracema teve início no dia 1º de novembro. Em 20 dias, na região de Catanduva, o 2º Pelotão da Polícia Ambiental já aplicou 55 multas, resultando em mais de R$ 60 mil. Além disso, os policiais ambientais abordaram mais de 1.700 pescadores, fiscalizaram aproximadamente 600 quilos de peixes, apreenderam mais de 15 mil metros de rede e 14 barcos e motores.

Na visão do comandante do pelotão, tenente Fábio Luiz de Jesus Leme, o número é expressivo para um curto período de atuação, o que mostra a falta de conhecimento dos pescadores.

“A gente percebe que falta muita conscientização da população do pescar correto. Porque só assim, pescando correto, que a gente vai povoar os rios de peixe e permanecer esses peixes para as futuras e próximas gerações. Além da multa, que parte aí de mil reais, podendo chegar a R$ 50 mil, ele tem todos os apetrechos apreendidos, barco, motor, molinete, todo o material”, diz Leme, reforçando que o infrator, na área criminal, pode pegar até três anos de detenção.

Durante a piracema, que se estende até 28 de fevereiro de 2025, a Polícia Ambiental intensifica a fiscalização para garantir que as restrições de pesca sejam cumpridas, principalmente em áreas de proteção ambiental, como as margens de lagoas, barragens, corredeiras e nas proximidades das confluências de rios, incluindo as bacias hidrográficas que abrangem o estado.

O principal objetivo é proteger a fauna aquática da pesca ilegal, garantindo a continuidade das espécies de peixes nativas e a preservação do equilíbrio dos ecossistemas. “Nesse período é proibida, de qualquer forma, a pesca de peixes nativos da nossa bacia. Os principais são o piau, piauçu, piapara, dourado, pintado, cachara, que são os peixes mais comuns da nossa região.”

Por outro lado, é permitida a pesca de peixes exóticos, ou seja, aqueles introduzidos na região, casos da tilápia, corvina, do porquinho e do Pacu CD. “Além das espécies permitidas e proibidas, o pescador profissional não pode pescar com nenhum tipo de rede, tarrafa, nenhum tipo de petrecho. Só é permitida a pesca por varinha, molinete, em barranco. Também não é permitida a pesca embarcada em rios”, reforça o tenente.

O trabalho preventivo da Polícia Ambiental é realizado durante o ano todo, mas é intensificado na época da piracema. “Em todos os rios da região tem embarcações nossas que navegam esses rios diuturnamente, de segunda a segunda, tanto de dia como à noite, além da fiscalização por meio terrestre, com as viaturas. Os pescadores são abordados, fiscalizamos se ele está com peixe nativo ou não, orienta que ele não pode pescar em todo o trecho do rio”.

O tenente Fábio Leme garante que é comum o flagrante de pescadores infringindo as regras, seja pescando peixe nativo ou em local proibido, como em confluências de rios ou próximo de barragem de hidrelétrica. Os valores arrecadados com as multas serão destinados a programas de preservação e recuperação ambiental. Já os peixes aprendidos que estejam em bom estado de consumo são doados para instituições filantrópicas.

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Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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