O outono e inverno coincidem com o período mais seco do ano, onde há uma baixa umidade do ar. Consequentemente, a incidência de doenças respiratórias aumenta de forma considerável. Ficam cada vez mais comuns casos de rinite alérgica e asma, por exemplo, assim como problemas na pele, nos olhos e até sangramento nasal.
Segundo o pneumologista Renato Macchione, neste período de outono/inverno estão sendo observadas drásticas alterações de temperatura, em alguns dias de maneira súbita. Além dessas alterações diárias, ele diz que a umidade do ar tem se mantido bem abaixo dos níveis aceitáveis.
“Temos uma condição de umidade do ar muito baixa, e esses fatores, associados ao aumento de queimadas, exposição à poeira e outras substâncias que possam atingir nossa atmosfera, trazem graves prejuízos ao nosso sistema respiratório como o ressecamento das vias aéreas”, explica o profissional.
Como consequência, há uma maior incidência de tosse, irritação ocular e nasal, e desconforto respiratório, principalmente para crianças e idosos, que sofrem um comprometimento acentuado das vias aéreas.
“Dessa maneira, é recomendado que se procure lugares arejados, hidratação adequada com ingestão de, pelo menos, três litros de água ao dia, bem como evitar locais com a presença de fumantes, com alto índice de poeira, fumaça e demais irritantes respiratórios. Principalmente nesse período em que a umidade se encontra tão baixa e assustadoramente agressiva”, frisa o pneumologista.
Macchione destaca tanto a hidratação nasal quanto a oral como sendo importantes, podendo usar colírios para hidratar a parte ocular. Além disso, diz que, se possível, deve-se optar por roupas mais leves no dia a dia e evitar horários em que os raios solares estejam com uma incidência mais acentuada.
“Prefira horários em que o sol esteja de um clima mais agradável, pela manhã ou no final da tarde. Atividades físicas também [devem ser feitas] nesses horários em que a exposição ao sol seja menor, porque nessa época do ano temos uma menor incidência de nuvens, o que aumenta a exposição de forma demasiada”, finaliza Macchione.
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