Dos 14 feminicídios registrados em Catanduva e região, nove foram cometidos na residência das vítimas, o equivalente a 64,2%. É o que mostra levantamento da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP), compreendendo o período de 2015 a 2023.
Desse total, cinco crimes ocorreram em Catanduva e quatro em Novo Horizonte. As demais ocorrências aconteceram em Santa Adélia, Embaúba, Tabapuã e duas em Itajobi.
Segundo as estatísticas, é possível traçar um perfil das vítimas. Nove mulheres eram da cor branca, quatro eram pardas e uma era preta. Quanto as profissões, entre as que foram especificadas, eram professora, artista, cabeleireira, estudante e doméstica.
A vítima mais jovem tinha 16 anos e morava em Novo Horizonte. A estudante foi encontrada morta e esfaqueada em sua casa. A ocorrência foi registrada em abril de 2020, já no início da madrugada.
Já a vítima mais velha tinha 61 anos e foi assassinada pelo próprio filho em junho de 2016. Ele estava de saidinha temporária e iria passar o final de semana com a mãe. Ele cumpria a pena por tráfico de drogas.
Os demais crimes de feminicídio envolveram mulheres com idades entre 25 a 50 anos. As ocorrências também aconteceram em via pública e, na maioria dos casos, envolveram desentendimentos prévios com pessoas da família ou conhecidos.
No último domingo, dia 4 de agosto, uma professora de paraíso de 39 anos foi esfaqueada pelo próprio marido, com quem era casada há mais de 20 anos, na frente dos filhos de 2 e 7 anos. O homem foi preso horas mais tarde, na região de Sertãozinho.
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