Especialista alerta para os perigos dos cigarros eletrônicos, já proibidos no país
Anvisa vetou a comercialização em decisão baseada nas consequências do uso da substância, principalmente para os jovens
Foto: DIVULGAÇÃO/MINISTÉRIO DA SAÚDE - Cigarros eletrônicos são muito usados pelos jovens
Por Stella Vicente | 17 de agosto, 2022
 

Ainda no mês de julho, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu manter a proibição de venda dos cigarros eletrônicos no Brasil. Porém, apesar do aumento das restrições e da fiscalização, a disseminação desses dispositivos continua preocupando médicos especialistas por serem tão nocivos à saúde quanto cigarros convencionais.  

Estes aparelhos são alimentados por bateria de lítio e um cartucho ou refil que armazena o líquido. Possui também um atomizador, que aquece e vaporiza a nicotina, e um sensor, que é acionado no momento da tragada, ativando a bateria e a luz de led.  

Ao serem aquecidos, os dispositivos liberam um vapor líquido parecido com o cigarro convencional. Ainda que o cigarro eletrônico não exponha o usuário ao monóxido de carbono, já que não há combustão, a nicotina - substância tóxica que causa problemas vasculares e até mesmo câncer - ainda está presente.  

Segundo levantamento do Datafolha, feito em fevereiro de 2022, cerca de 3% da população adulta do país faz uso diário ou ocasional dos cigarros eletrônicos, que podem ser encontrados facilmente em sites ou lojas.   

Para o pneumologista Renato Macchione, a Anvisa fez certo em proibir a importação, propaganda e venda deste tipo de cigarro no Brasil. “Ao meu ver é uma decisão correta, visto que nos outros países que permitiam a utilização do cigarro eletrônico, por qualquer que seja o motivo, trouxera malefícios e não benefícios. Aquela visão anterior de que o cigarro eletrônico em qualquer uma de suas formas pudesse trazer uma redução do consumo do tabaco comum não se confirmou”, informa o médico.  

Ele ainda relata que nos Estados Unidos houveram casos de lesão pulmonar, uma pneumonia química induzida por alguns radicais existentes e inalados através do cigarro eletrônico, tendo ocasionado internações e quadros de insuficiência respiratória.

“Essa mudança de percepção na tentativa de induzir mais um consumo de algum produto traz mais prejuízos que benefícios. Então os riscos são maiores, principalmente para os jovens, aumentando o risco cardiovascular e respiratório. Portanto, não recomendo o uso de cigarros eletrônicos”, declara Macchione. 

Autor

Stella Vicente
É repórter de O Regional.

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