O Papa Francisco abriu o Ano Jubilar da Igreja Católica na noite de 24 de dezembro, véspera de Natal. Simbolicamente, o santo padre abriu a Porta Santa da Basílica de São Pedro, diante de milhares de fiéis. Os Anos Santos ocorrem a cada 25 anos e envolvem a abertura em Roma de quatro “Portas Santas”, que representam a porta da salvação para os católicos.
Na Diocese de Catanduva, a abertura do “Jubileu 2025 - Peregrinos de Esperança” será na manhã deste domingo, dia 29, com missa às 8h30, em frente à capela do Colegião. Depois haverá procissão até a Sé Catedral Santuário Nossa Senhora Aparecida. Para a igreja, o jubileu representa um momento de reconciliação, perdão e renovação espiritual.
Padre Valdir Forin, da Paróquia de São Francisco de Assis, falou com O Regional sobre a celebração e reforçou a importância do Jubileu para a Igreja Católica.
“Jubileu é o nome de um ano particular. Encontramos a primeira ideia na Bíblia: o ano jubilar tinha que ser convocado a cada 50 anos, já que era o ano "extra", a mais, que se vivia cada sete semanas de anos (Cf. Lv 25,8-15). Foi proposto como ocasião para restabelecer uma correta relação com Deus entre as pessoas e com a criação, e implicava a remissão das dívidas, a restituição de terrenos e repouso da terra”, conta o religioso.
E prossegue: “Papa Bonifácio VIII, em 1.300, proclamou o primeiro Jubileu, também chamado de "Ano Santo", porque é um tempo no qual se experimenta que a santidade de Deus nos transforma. No início era a cada 100 anos; passou para 50 em 1343 com o Papa Clemente VI e para 25 anos em 1470 com o Papa Paulo II. O Jubileu é um tempo forte em que todos os católicos são chamados à santidade e a buscar um verdadeiro caminho de conversão que nos leve a amar a Deus, ao próximo e a cuidar com zelo da criação.”
O pároco ainda frisa: “O Jubileu representa oportunidade para vivermos, de modo mais intenso, o seguimento a Jesus Cristo e a colocarmos em prática o que ele nos ensinou para construirmos uma humanidade que viva segundo o projeto de Deus: defendendo a vida, valorizando o ser humano na sua dignidade de filho de Deus e construindo a paz que é fruto da justiça.”
Segundo padre Valdir, a comunidade deve se preparar para o Jubileu conhecendo as indicações dadas pelo papa Francisco através da Bula Spes non confundit (a esperança não engana - Rm 5,5). Diz o Papa no primeiro parágrafo desta bula: "Sob o sinal da esperança, o apóstolo Paulo infunde coragem à comunidade cristã de Roma. Possa ser, para todos, um momento de encontro vivo e pessoal com o Senhor Jesus, "porta" de salvação (Cf. Jo 10, 7-9). Com ele, que a Igreja tem por missão anunciar sempre, em toda parte e a todos, como sendo "nossa esperança" (1Tm 1,1)”.
“Apesar de todos os desafios que a humanidade está enfrentando, não podemos deixar o medo tomar conta do coração. Tendo Jesus Cristo como nossa esperança, encontremos nele a coragem de continuar o caminho sendo instrumentos ativos de uma nova história”, ressalta.
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