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A dengue avança pelo Brasil neste início de ano e os números mostram que a situação mais crítica está concentrada na região Sudeste, especialmente no estado de São Paulo. Segundo dados do Sinan - Sistema de Informação de Agravos de Notificação, o país soma 106.267 casos confirmados, dos quais 83.597 estão no Sudeste. Somente em São Paulo, são 73.609 registros.
O chamado Coeficiente de Incidência, que expressa o número de casos novos da doença desde o início do ano, também reflete essa concentração. A média nacional é de 50 casos por 100 mil habitantes, enquanto na região Sudeste o índice sobe para 94,34. No estado de São Paulo, esse número mais do que dobra, chegando a 171,04 casos por 100 mil habitantes.
Levantamento divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde nesta quinta-feira, 13, mostra o cenário por região do estado, comprovando que as cidades do interior paulista têm sido fortemente impactadas e que, apesar do estado de alerta, a região de Catanduva ainda registra índices inferiores do que outras áreas, que tem números bem mais preocupantes.
Segundo o estudo, a Regional de São José do Rio Preto tem 12.087 casos confirmados, o que resulta em 1.578,99 casos por 100 mil habitantes. Na Regional de José Bonifácio, são 1.167 positivos e índice de 1.150,58. Na Regional de Votuporanga, 2.293 casos e incidência de 1.157,90. Já a Regional de Catanduva soma 2.042 casos e 684,36 casos por 100 mil habitantes.
“Apesar do alto número de casos, Catanduva apresenta um coeficiente de incidência menor em relação às demais cidades da região. Considerando apenas os casos confirmados até o momento no município (630 casos), o índice local fica em 544,08 casos por 100 mil habitantes, número bem inferior ao das cidades vizinhas”, ressalta a Secretaria de Saúde, em nota à imprensa.
SOROTIPO 3
A Secretaria de Saúde reforçou o alerta para a presença da Dengue tipo 3 na região. Os dados de circulação dos sorotipos são obtidos por amostragem, conforme orientação do Ministério da Saúde. “Isso significa que nem todos os casos são analisados individualmente, mas a tendência dos sorotipos predominantes pode ser observada”, explica o setor.
Em 2024, o sorotipo predominante foi o Denv-1, com 76 casos, seguido do Denv-2, com 13 casos, e Denv-3, com 6 casos. Em 2025, a situação mudou, com o Denv-3 predominante, totalizando 24 casos, seguido pelo Denv-2, com 16, e Denv-1, com 6. Isso amplia a preocupação com a circulação do Denv-3, pois a população não possui imunidade significativa contra esse sorotipo.
Atendimentos por dengue representam 9% em janeiro
A Secretaria Municipal de Saúde divulgou os números de atendimentos realizados na rede municipal no mês de janeiro, evidenciando o impacto da dengue nos serviços de saúde. No período, foram contabilizados 29.295 atendimentos na rede de atenção básica e 9.229 atendimentos na UPA, totalizando 38.524 atendimentos.
Desse total, os atendimentos relacionados à dengue somaram 3.458 casos, o que representa aproximadamente 9% de todos os atendimentos realizados na UPA e na atenção básica. A divisão dos casos mostra que 2.174 atendimentos foram realizados na atenção básica e 1.284 na UPA.
Com a alta demanda, o Centro de Hidratação, inaugurado na quinta-feira, 5, tem desempenhado papel essencial na assistência aos pacientes. Em sua primeira semana de funcionamento, já realizou 221 atendimentos e 175 hemogramas para monitoramento dos casos.
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