Cuidador de idosos: ocupação ganha importância com aumento da expectativa de vida
Pesquisa mostra que a maioria dos cuidadores familiares possuem 50 anos ou mais
Foto: ACVIDA - Segundo o levantamento, 90% cuida de alguém, profissionalmente ou não, sem nenhuma formação para isso
Por Da Reportagem Local | 20 de março, 2022

É comemorado neste domingo, 20, o Dia Nacional do Cuidador de Idosos, ocupação que tem crescido junto ao aumento da expectativa de vida do brasileiro, que atualmente é de 76,8 anos, segundo o IBGE. Com o envelhecimento da população, os cuidados com a saúde e bem-estar dos indivíduos com idade acima de 60 anos também se intensificam e os cuidadores se tornam essenciais nessa rotina, sejam eles profissionais ou familiares.

Um dado interessante sobre o tema é que os idosos estão sendo cuidados por indivíduos com mais de 50 anos. A recente pesquisa 'Cuidadores do Brasil', realizada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL) e Veja Saúde, com o apoio da Novartis, que ouviu 2.534 cuidadores (2.047 familiares e 487 profissionais) de todas as regiões do país, demonstrou que seis em cada dez respondentes do estudo têm pelo menos 50 anos – e 27% dos cuidadores familiares têm 60 anos ou mais.

Além disso, 83% deles são mulheres: mães, filhas, esposas, sobrinhas, tias, primas que se dedicam a cuidar de seus parentes adoentados. A situação é complexa, pois 90% cuida de alguém, profissionalmente ou não, sem ter tido nenhuma formação para isso.

“A responsabilidade é enorme e a jornada de trabalho é diária para oito em cada dez familiares. Muitos deles não têm com quem revezar. O cuidador profissional sofre ainda mais nessa jornada: não é raro que seu escopo de atividades seja confundido dentro dos lares, fazendo com que assumam outras tarefas na residência”, explica Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida e idealizadora do estudo.

A empreendedora social ainda ressalta que cerca de 40% dos participantes acreditam que a ocupação é totalmente desvalorizada no Brasil, chamando a atenção para importância da conscientização da sociedade sobre o papel e a responsabilidade de quem cuida.

O cuidado da pessoa idosa requer habilidades, pois a questão envolve aspectos econômicos, relações familiares e, muitas vezes, a presença de diversas comorbidades, associada à doença específica que levou a pessoa a necessitar de um cuidador, seja ele profissional ou não.

“É fundamental que a indústria farmacêutica, o governo e a sociedade civil como um todo pensem e desenvolvam estratégias para apoiar os cuidadores e familiares quando esse momento chega, pois muitos passam a investir grande parte de seu tempo aos cuidados do outro, trazendo desafios não só emocionais, mas inclusive econômicos para si”, complementa.

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Da Reportagem Local
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