A partir de 26 de maio entra em vigor a atualização da NR-1 (Norma Regulamentadora nº 1), que exige que as empresas identifiquem e gerenciem riscos relacionados à saúde mental no ambiente de trabalho. Questões como estresse, assédio e carga mental excessiva passam a ser consideradas fatores de risco ocupacional e precisarão ser tratadas com seriedade pelas organizações.
Os números reforçam a urgência dessa mudança: levantamento recente do INSS revelou que os afastamentos por transtornos mentais cresceram 38% em um ano, tornando a saúde mental a terceira maior causa de afastamento do trabalho no Brasil.
“Diante desse cenário, as empresas precisam adotar medidas concretas para garantir o bem-estar dos seus colaboradores e evitar impactos negativos na produtividade e retenção de talentos”, explica o consultor Daniel Mossambani.
De acordo com o especialista em gestão estratégica de pessoas, programas focados em saúde emocional são excelentes ferramentas para as empresas se adequarem à nova NR-1 e a implementarem ações eficazes para o bem-estar da equipe.
“Ações como treinamentos para lideranças, suporte emocional aos colaboradores e estratégias personalizadas para cada organização são iniciativas que, além de cumprir a nova exigência legal, se transformam em diferencial competitivo na atração e retenção de talentos”, pontua.
Pesquisas indicam que um ambiente de trabalho saudável está diretamente ligado ao aumento do engajamento, redução do turnover e melhoria da produtividade. De acordo com estudo da Gallup, empresas com altos níveis de engajamento dos colaboradores apresentam 21% mais lucro e 17% mais produtividade. Além disso, a consultoria Korn Ferry aponta que substituir um funcionário pode custar de 120% a 200% do seu salário, evidenciando que a retenção de talentos é financeiramente vantajosa para as organizações.
Os números comprovam que a mudança deve ir além da obrigação legal. "Não basta cumprir a norma. O verdadeiro impacto acontece quando as empresas entendem que colaboradores equilibrados emocionalmente geram melhores resultados. A cultura organizacional precisa evoluir para que a saúde mental seja tratada como prioridade", conclui Mossambani.
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