O lúpus é resultado de mais de 65 mil diagnósticos em todo o mundo. Trata-se de uma doença autoimune, ou seja, o sistema imunológico produz anticorpos contra células e tecidos saudáveis para o corpo humano. Dessa forma, há inflamação de diversos órgãos e sistemas.
A causa do lúpus ainda é desconhecida, mas especialistas acreditam que seja uma soma de fatores como predisposição genética, fatores hormonais, ambientais, infecções, entre outros.
Pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum dos 15 aos 45 anos e, principalmente, em mulheres que segundo estudos têm uma predisposição até nove vezes maior que os homens de desenvolverem lúpus.
De acordo com o reumatologista Cristiano Michelini Lupo, cooperado da Unimed Catanduva, os sintomas do lúpus são variados e dependem de qual órgão ou sistema está sendo afetado. Além disso, as apresentações mudam de pessoa para pessoa, podendo se manifestar com sintomas leves até graves, com necessidade de internação e tratamento imediato.
“Podem aparecer sintomas inespecíficos como febre, fraqueza, perda de peso e sintomas relacionados a acometimentos específicos de cada órgão como lesões de pele, anemia, diminuição de glóbulos brancos e plaquetas, queda de cabelo, aftas, artrites, falta de ar, doença renal e alterações no sistema nervoso entre outros”, relata o especialista.
Ele ainda diz que os quadros mais graves do lúpus estão relacionados ao acometimento dos rins e do sistema nervoso, que podem levar à perda da função renal, crises convulsivas e quadros de lesões neurológicas permanentes.
TRATAMENTO
O tratamento do lúpus também varia de acordo com o órgão acometido e com a gravidade da manifestação da doença. Dessa forma, pode ser recomendado um tratamento tópico, por exemplo, para manifestações cutâneas da doença, ou até mesmo o uso de imunossupressores e corticoides em altas doses para sintomas mais graves.
“Pacientes com lúpus devem sempre se proteger do sol e fazer uso de protetor solar e, quando não houver contra indicações, é indicado o uso de hidroxicloroquina. Os pacientes com a doença devem sempre estar em acompanhamento médico mesmo quando estiverem assintomáticos para seguimento e realização de exames”, instrui o reumatologista.
EXAMES LABORATORIAIS
O lúpus pode ser detectado por meio de exames laboratoriais. O Laboratório da Unimed Catanduva dispõe de todos os exames necessários para a detecção da doença. Os mais procurados são: FAN - Fator Anti Nuclear (marcadores que detectam doenças reumáticas), Cardiolipina IgG, IgM e IgA, Coagulante Lúpico, SSA, SSB, RNP, DNA NATIVO e Anti SM (sigla para Smith, nome do primeiro paciente em que foi reconhecido o anticorpo). A indicação do exame dependerá da prescrição médica.
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