Catanduva vai reforçar o combate ao Aedes aegypti com a implantação das Estações Disseminadoras de Larvicida (EDLs), tecnologia inovadora criada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo Ministério da Saúde. A iniciativa chega ao município como mais uma ferramenta para reduzir a proliferação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
A parceria para implantação das EDLs envolve a Prefeitura de Catanduva, a Secretaria Municipal de Saúde e a Fiocruz. Um encontro para organização da ação aconteceu nos dias 29 e 30 de janeiro na Secretaria de Saúde de Rio Preto.
Na região, apenas Catanduva, Rio Preto e Votuporanga vão receber a tecnologia. Está sendo feito o mapeamento da cidade inteira para verificar a necessidade do município. Em princípio, serão 3 mil armadilhas na primeira etapa e mais 3 mil chegando em 30 dias, para intensificar o controle e reduzir a quantidade de mosquitos na cidade.
Dentro de 15 dias, as Estações Disseminadoras de Larvicida começam a chegar a Catanduva. Os primeiros bairros contemplados serão Centro, Cidade Jardim, Bom Pastor e Flamingo.
As EDLs funcionam como armadilhas estratégicas: elas atraem as fêmeas do mosquito, que entram em contato com um larvicida e acabam espalhando o produto por outros criadouros ao longo de seu ciclo de vida. Esse método se destaca por sua eficácia, pois age diretamente na interrupção da reprodução do Aedes aegypti.
A chegada dessa tecnologia reforça o compromisso de Catanduva na luta contra a dengue, que tem sido uma preocupação crescente em todo o estado de São Paulo. A Secretaria Municipal de Saúde irá capacitar equipes para a instalação e monitoramento das armadilhas, garantindo que elas sejam utilizadas da forma mais eficiente possível.
A cidade arcará apenas com os custos operacionais, como pessoal técnico para instalação, motorista, veículo e a troca mensal da tela com larvicida.
A Prefeitura de Catanduva tem investido em estratégias tecnológicas para combater a dengue, utilizando drones operados pela Guarda Civil Municipal (GCM) para identificar focos do mosquito, inclusive em imóveis fechados. Além disso, sistemas de tecnologia da informação estão sendo empregados para mapear dados e otimizar as ações de controle e prevenção.
A Secretaria de Saúde frisa que, além da aplicação das EDLs, a participação da população segue sendo essencial. “A eliminação de recipientes com água parada e a colaboração nos mutirões de limpeza são atitudes fundamentais para potencializar os resultados desse novo método”, afirma.
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