Catanduva usa armadilha de mosquitos no combate à dengue
Serão instaladas 3 mil unidades na primeira etapa e mais 3 mil em 30 dias; fêmeas vão espalhar veneno contra larvas
Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília - Estações Disseminadoras de Larvicida começam a chegar a Catanduva em 15 dias
Por Da Reportagem Local | 31 de janeiro, 2025

Catanduva vai reforçar o combate ao Aedes aegypti com a implantação das Estações Disseminadoras de Larvicida (EDLs), tecnologia inovadora criada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo Ministério da Saúde. A iniciativa chega ao município como mais uma ferramenta para reduzir a proliferação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.

A parceria para implantação das EDLs envolve a Prefeitura de Catanduva, a Secretaria Municipal de Saúde e a Fiocruz. Um encontro para organização da ação aconteceu nos dias 29 e 30 de janeiro na Secretaria de Saúde de Rio Preto.

Na região, apenas Catanduva, Rio Preto e Votuporanga vão receber a tecnologia. Está sendo feito o mapeamento da cidade inteira para verificar a necessidade do município. Em princípio, serão 3 mil armadilhas na primeira etapa e mais 3 mil chegando em 30 dias, para intensificar o controle e reduzir a quantidade de mosquitos na cidade.

Dentro de 15 dias, as Estações Disseminadoras de Larvicida começam a chegar a Catanduva. Os primeiros bairros contemplados serão Centro, Cidade Jardim, Bom Pastor e Flamingo.

As EDLs funcionam como armadilhas estratégicas: elas atraem as fêmeas do mosquito, que entram em contato com um larvicida e acabam espalhando o produto por outros criadouros ao longo de seu ciclo de vida. Esse método se destaca por sua eficácia, pois age diretamente na interrupção da reprodução do Aedes aegypti.

A chegada dessa tecnologia reforça o compromisso de Catanduva na luta contra a dengue, que tem sido uma preocupação crescente em todo o estado de São Paulo. A Secretaria Municipal de Saúde irá capacitar equipes para a instalação e monitoramento das armadilhas, garantindo que elas sejam utilizadas da forma mais eficiente possível.

A cidade arcará apenas com os custos operacionais, como pessoal técnico para instalação, motorista, veículo e a troca mensal da tela com larvicida.

A Prefeitura de Catanduva tem investido em estratégias tecnológicas para combater a dengue, utilizando drones operados pela Guarda Civil Municipal (GCM) para identificar focos do mosquito, inclusive em imóveis fechados. Além disso, sistemas de tecnologia da informação estão sendo empregados para mapear dados e otimizar as ações de controle e prevenção.

A Secretaria de Saúde frisa que, além da aplicação das EDLs, a participação da população segue sendo essencial. “A eliminação de recipientes com água parada e a colaboração nos mutirões de limpeza são atitudes fundamentais para potencializar os resultados desse novo método”, afirma.

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Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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