Casos de gordura no fígado aumentam, principalmente nos homens
Nutricionista Larissa Garcia confirma alta nos diagnóstico em indivíduos jovens a partir dos 35 anos; mulheres não ficam muito atrás
Crédito: Divulgação - Trocar os carboidratos refinados pelos integrais também é algo muito importante para o cuidado com o fígado
Por Da Reportagem Local | 05 de julho, 2023

A esteatose hepática, doença popularmente conhecida como fígado gorduroso ou simplesmente gordura no fígado, afeta 35% dos 8.166 participantes de uma pesquisa, que investigou fatores associados ao desenvolvimento de diabetes, doenças cardiovasculares e outras condições crônicas. O estudo é de autoria de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais, com a colaboração da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

A pesquisa evidencia que o aumento da gordura no fígado, condição encontrado em pessoas que desenvolvem doença hepática gordurosa não alcoólica, também está associada a outras taxas preocupantes para a saúde, como o Índice de Massa Corporal alto e triglicerídeos. A maior prevalência foi encontrada em indivíduos do sexo masculino e com obesidade. Avaliando fatores sócio demográficos, percebeu-se que esse grupo possuía um nível baixo de escolaridade e de atividade física.

A nutricionista Larissa Garcia afirma que houve sim aumento dos diagnósticos de esteatose hepática em decorrência do maior número de casos de obesidade. “Esse diagnóstico vem crescendo muito em indivíduos jovens a partir dos 35 anos. Os homens ainda são a maioria com esse diagnóstico, mas as mulheres não ficam atrás”, aponta.

As crianças e adolescentes também podem desenvolver a gordura no fígado, uma vez que a condição está ligada à obesidade, doença que também cresce nessa faixa etária. Hábitos não saudáveis como sedentarismo, excesso de bebida e má alimentação contribuem para que os indivíduos desenvolvam a doença.

Larissa dá orientações importantes quanto ao que evitar para não desenvolver esteatose hepática. “É importante a gente diminuir o consumo de alimentos ricos em açúcar adicionado, como por exemplo os refrigerantes, bolos e biscoitos industrializados e sorvete. É importante também diminuir o consumo de gordura saturada e gordura trans, encontradas também em alguns produtos industrializados. Em algumas carnes gordurosas é importante evitar a fritura de uma forma geral”, instrui a especialista.

Os alimentos in natura ou minimamente processados ajudam no tratamento da gordura no fígado. “Arroz, feijão, legumes, frutas e cereais integrais. Trocar os carboidratos refinados pelos integrais também é algo muito importante. Ante arroz integral, aveia, pão integral, isso pode ajudar no tratamento da esteatose hepática. Consumir gorduras boas pode ajudar no tratamento da esteatose hepática, como por exemplo azeite virgem, castanhas, nozes, oleaginosas de todos os tipos e o consumo de abacate, moderadamente”, diz a nutricionista, que ainda ressalta a importância da prática de atividade física aliada à alimentação equilibrada para uma vida mais saudável.

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Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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