As doenças cardiovasculares passaram a liderar as causas de mortalidade feminina, na frente do câncer de mama, útero e ovário. De cada dez vítimas fatais no Brasil, quatro são mulheres, sendo que há 50 anos esse número não chegava a 10%.
Os cuidados com o coração da mulher são, mais do que nunca, fundamentais e tema de live gratuita e aberta à população reunindo a cardiologista Adriana Bellini e a pneumologista Dra. Mariana Bilachi Pinotti, ambas médicas do Instituto de Moléstias Cardiovasculares – IMC, de Rio Preto.
A live com o tema 'Os Cuidados com o Coração da Mulher' será transmitida nesta quarta-feira (30/03), a partir das 19 horas. A inscrição para participar é feita acessando o link https://bityli.com/cnFEe
As duas médicas irão abordar várias informações e orientações valiosas como as características do coração da mulher, a incidência de doenças cardíacas entre elas, estatística crescente de mortalidade, o impacto do tabagismo e da obesidade e como se prevenir, com ênfase para alimentação saudável e a prática de atividade física.
“A prevenção é fundamental. A grande maioria das mulheres vai sempre ao ginecologista, porém, não realiza o check-up cardiológico com a mesma frequência”, afirma Dra. Adriana.
Uma explicação para os crescimento acentuado da doença cardiovascular entre as mulheres pode estar nas diferenças como as doenças se desenvolvem em ambos os sexos. A cardiologista do IMC explica que as mulheres apresentam sintomas atípicos da síndrome coronária aguda, o que torna o diagnóstico mais difícil. No homem, o infarto costuma ser precedido por uma forte dor no peito que irradia para os braços. Entretanto, nas mulheres também é comum sentir náusea, fraqueza, dores gástricas e falta de ar – sintomas que podem ser confundidos com outras doenças.
As doenças cardíacas estão associadas ao envelhecimento e ao estilo de vida. Os fatores de risco são o histórico familiar, a hipertensão arterial, o diabetes mellitus, o aumento dos níveis de colesterol, especialmente o LDL, tabagismo, sedentarismo e obesidade. Mas, na mulher, alguns deles têm efeito mais acentuado.
“Felizmente, o fumo diminuiu na população, mas muitas pessoas mantêm o vício. Cuidar dos pulmões e do corpo como um todo é essencial para evitar impactos ao coração. Quando a mulher fuma, o risco de doença cardiovascular aumenta 25% comparado a homens fumantes”, destaca Dra. Mariana.
As duas médicas abordarão vários aspectos como o ciclo da gravidez, o diabetes gestacional e o parto prematuro relacionados ao aumento do risco cardiovascular a longo prazo. Em pacientes tratadas por câncer de mama e radioterapia, há elevação da frequência de doença coronária.
Com a menopausa, a proteção do hormônio estrogênio que estimula a dilatação dos vasos, facilitando o fluxo sanguíneo, começa a diminuir, o que contribui para o aumento do risco de doenças cardiovasculares.
Autor