O Agosto Dourado foi criado em 1992 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A cor dourada faz referência ao padrão de ouro de qualidade do leite materno, tido como o melhor alimento para o bebê nos primeiros anos de vida.
Em abril de 2017 foi instituída no Brasil a lei 13.435/2017, que designa o mês de agosto como o Mês do Aleitamento Materno. O objetivo é apoiar, promover e proteger o aleitamento materno exclusivo durante os primeiros seis meses de vida e após este período em conjunto com a alimentação até os dois anos da criança.
Segundo Suéllen Strada Ferreira Nasorri, pediatra e neonatologista, o leite materno possui a quantidade de nutrientes, proteínas e sais minerais adequada para o bebê. “O leite materno também fornece anticorpos prontos da mãe que protegem os bebês contra infecções, principalmente do trato respiratório e gastrointestinal, e fortalece ainda mais o sistema imunológico. Favorece a diminuição das cólicas do lactente, pois é facilmente digerido e absorvido pelo sistema digestivo. Além disso tudo, é a maior fonte de amor e doação da mãe para com seu filho”, relata a profissional.
Suéllen ainda diz que esse alimento tão importante contém ácidos grãos poli-insaturados, responsáveis pela formação dos neurônios e que ajudam no melhor desenvolvimento cognitivo e de raciocínio. Ademais, o contato íntimo com a mãe no momento da amamentação faz com que o bebê fique mais calmo e tranquilo, favorecendo o crescimento do mesmo e seu neurodesenvolvimento.
Ela descreve os principais benefícios do aleitamento materno como sendo a proteção de infecções gastrointestinais e respiratórios; o fato de ser uma ferramenta para prevenir o excesso de peso e obesidade a longo prazo; a possibilidade de diminuir a chance de desenvolver aspirações pulmonares; o fortalecimento da fala e desenvolvimento da arcada dentária; o estímulo à alimentação saudável, pois o gosto do leite varia de acordo com o que a mãe ingere, promovendo modificações do paladar; e o fato de estabelecer uma ligação emocional, possibilitando um vínculo afetivo entre a mãe e a criança.
Ainda que seja de extrema importância e altamente recomendada, a prática da amamentação nem sempre é fácil. Por esse motivo, o apoio familiar e profissional é crucial para esse processo, principalmente porque o aleitamento materno exclusivo nas primeiras semanas de vida é essencial.
“Não é fácil amamentar no início. É doloroso e nas primeiras semanas o ganho de peso esperado pelos pais não é tão fácil. O bebê e a mãe estão em intensa adaptação e isso gera um estresse emocional de ambas as partes. Por isso, uma rede de apoio que não a julgue, e sim a estimule, elogie e ajude com as tarefas do bebê faz com que a mãe consiga descansar um pouco e produzir adequadamente o leite, promovendo maior segurança para o aleitamento materno”, ressalta Suéllen.
BÊ-A-BÁ BEBÊ
O aleitamento materno é tema fundamental na Unimed Catanduva. Por isso, o assunto é discutido amplamente e de forma recorrente junto às gestantes durante o curso Bê-a-Bá Bebê, desenvolvido pela Medicina Preventiva, e no momento do parto, com a equipe de Enfermagem do Hospital Unimed São Domingos (HUSD).
Segundo a Unimed Catanduva, as mamães, principalmente as de primeira viagem, recebem dicas e orientações sobre a mamada e sobre como alimentar seu bebê. Aqueles que nascem prematuros ou precisam de cuidados específicos na UTI Neonatal não ficam sem o leite materno, pois o tratamento humanizado do HUSD possui a sala de ordenha. Neste local, as mães podem fazer a coleta do leite e deixá-lo armazenado para o seu bebê.
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