Após 40 dias do transplante, Ana Lívia é transferida para a enfermaria
Caso clínico ganhou notoriedade porque o doador do órgão surgiu no menor tempo na história do HCM de Rio Preto
Foto: Divulgação/CardioPedBrasil - Ana Lívia apresentava miocardiopatia dilatada e precisava de um transplante cardíaco
Por Da Reportagem Local | 23 de abril, 2024

Depois de 40 dias do transplante de coração que salvou sua vida, a paciente Ana Lívia Prado, de 3 anos, foi transferida da UTI para a enfermaria da CardioPedBrasil - Centro do Coração da Criança do Hospital da Criança e Maternidade (HCM), de Rio Preto, na última sexta-feira, 19.

O caso clínico de Ana Lívia ganhou notoriedade porque o doador do órgão surgiu no menor tempo na história do HCM. Apenas 5 horas após o hospital incluir Ana Lívia na lista de espera, surgiu a doadora compatível, uma menina com a mesma idade, falecida em Cuiabá.

Na saída da UTI, no colo da mãe e emocionada, Ana Lívia mandou beijo e acenou para quem encontrou pelo caminho. Na recepção do Centro do Coração do HCM, os acompanhantes das outras crianças internadas comemoraram a alta da UTI. Já o tempo de internação, segundo a equipe médica, dependerá da evolução clínica da paciente.

Essa é mais uma vitória de Ana Lívia que correu sério risco de vida por ter uma miocardiopatia dilatada, em que o coração é muito maior do que o normal para sua idade, equivalente ao de um adulto.

Seu nome foi incluído na lista de espera às 8h30 do dia 8 de março e, às 13h30, a equipe do HCM foi avisada de que havia um doador compatível.

Ana Lívia foi transferida do Hospital Estadual de Bauru para o HCM por ser a CardioPedBrasil um dos três maiores centros de referência do Brasil e o maior do interior paulista no tratamento de crianças com cardiopatias e demais doenças graves do coração.

Em seus 23 anos de atividades, o Centro do Coração da Criança do HCM, que integra o complexo hospitalar da Funfarme – Fundação Faculdade Regional de Medicina, já operou mais de 6.500 crianças de todo o país e realizou 15 transplantes de coração infantil.

Para viabilizar o transplante a tempo, foi fundamental o empenho da Funfarme em fretar um avião para permitir à equipe do HCM percorrer os 2.000 quilômetros (ida e volta) entre Rio Preto e Cuiabá, onde encontrava-se o doador, a tempo de retornar no prazo adequado.

“Estamos muito felizes porque, mais uma vez, pudemos salvar a vida de uma criança graças ao altruísmo e coragem da família da doadora e à dedicação e profissionalismo das equipes do hospital de Cuiabá e de nossa instituição”, afirmou Ulisses Croti, coordenador geral do Centro do Coração da Criança do HCM.

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Da Reportagem Local
Redação de O Regional

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