Conforme é do conhecimento de toda a população brasileira, bem como de alguns países e da própria FIFA, o país se despediu dias atrás de uma das maiores figuras marcantes do futebol, Mário Jorge Lobo Zagallo, ex-ponta-esquerda conhecido pelo seu brilhantismo tático, esteve presente em quatro títulos conquistados, mais do que qualquer outro na história do futebol.

No mundial de 1970, foi treinador da seleção, conquistando o "tri" no México e, em 1994, foi assistente técnico por ocasião da conquista do "tetra" nos Estados Unidos, tendo sido técnico naquela ocasião Carlos Alberto Parreira.

Na opinião de muitos, não foi uma conquista brilhante aquela de 1994, já que a decisão foi por pênaltis, porém, lá estava Zagallo dando a sua contribuição através dos conhecimentos que tinha no mundo do futebol e da experiência adquirida nesse campo.

O trabalho de Zagallo foi absolutamente revolucionário e de uma precisão a contento, acrescentando a esse fato a realidade de que não só tínhamos os melhores jogadores do mundo como tínhamos também o melhor treinador do universo.

Dentre tantos que prestaram homenagem ao eterno treinador da seleção, estava o presidente da CBF Ednaldo Rodrigues Gomes e o técnico do Flamengo Tite, que comandou a seleção até dezembro de 2022, o qual não foi bem sucedido na conquista do mundial daquele ano.

O presidente Lula, num gesto de solidariedade ao falecido, oportunidade em que exaltou a figura de Zagallo como um dos maiores jogadores e técnico de futebol de todos os tempos, declarou três dias de luto nacional a partir do último sábado, ordenando que as bandeiras fossem hasteadas a meio-mastro em todo o Brasil. A influência de Zagallo no futebol brasileiro em particular é de uma forma suprema, disse o presidente da FIFA Giani Infantino, testemunhando o valor do ex-atleta e propulsor dessa habilidade futebolística de toda uma geração.

Foi no Rubro-Negro que Zagallo se profissionalizou como atleta. Após fazer base no tradicional América (RJ), chegou ao Flamengo em 1950 e foi tricampeão carioca, além de torneios amistosos internacionais. Deixou o clube em 1958 contra sua vontade.

Após sua passagem vitoriosa no Flamengo, foi atuar no Botafogo e, pelo Glorioso, foi bicampeão carioca e bicampeão do torneio Rio-São Paulo. Ao todo, marcou 23 gols em 302 partidas. Zagallo fazia aniversário em 9 de agosto, quando se comemora o "Dia do Botafoguense" em sua homenagem.

Carlos Alberto Parreira falou com emoção: O Pelé dos treinadores, além de exaltar suas qualidades profissionais, as quais se tornaram e se transformaram no ídolo carioca e que marcaram tempos gloriosos em sua carreira futebolística.

Como treinador, marcou época mais uma vez no futebol carioca, principalmente nas agremiações em que jogou. No comando do Botafogo, Zagallo conquistou duas competições cariocas e um Campeonato Brasileiro em 1995, o último clube alvinegro.

O velho Lobo também é um histórico técnico do Flamengo. Zagallo comandou o Rubro-Negro em três oportunidades, conquistando dois campeonatos cariocas em 1972 e 2001. O último ficou marcado pelo gol de Pektrovic aos 43 minutos, na final da competição contra o Vasco da Gama.

Há de se ressaltar o fato de que, além de famoso, foi aclamado com esse mérito após a conquista do título da Copa América de 1997. Zagallo fez história no futebol, mas também ficou conhecido por suas frases e bordões. O mais famoso deles, o memorável, "vocês vão ter que me engolir". Aconteceu logo após o título Copa América da Seleção Brasileira. 

Esta foi a singela homenagem a Mario Jorge Lobo Zagallo.