Votação e página virada
A eleição da ACE – Associação Comercial e Empresarial de Catanduva cumpriu seu papel histórico. Foi a primeira com duas chapas em 93 anos da entidade e, por isso, mostrou que a associação precisa se modernizar, inclusive quanto às regras do próprio pleito. O formato adotado não foi nem um pouco condizente com uma disputa eleitoral com dois concorrentes. Apesar disso, durante o breve período de “campanha” das duas chapas, houve muitas trocas de acusações e ações bastante midiáticas vindas da chapa de oposição, que parecia estar caindo nas “graças” do povo. Enquanto isso, o grupo de situação se fechou e, pelo discurso pós-vitória, focou seus esforços no público-alvo da própria ACE: o empresariado. A leitura que se faz é que, no caso de uma associação de classe como a ACE, o peso da opinião pública não traz, necessariamente, peso à questão. O resultado da votação, ainda que os problemas vivenciados ao longo do dia sejam reais, mostra larga distância entre uma chapa e outra. O placar terminou em 133 a 39. Ou seja, toda a movimentação de autoridades públicas e “nomes fortes” da política local em torno da candidatura da chapa de oposição pouco bastou para fazer frente à escolha dos associados contribuintes. Eles foram, votaram e decidiram a questão. Felizmente, as manifestações feitas após os resultados foram coerentes e, mesmo a candidata derrotada, colocou “panos quentes” e evitou novos conflitos. Reconheceu o resultado e enalteceu os pontos positivos de todo o processo. Porque realmente foram vários. Certamente as eleições da ACE nunca mais serão as mesmas depois dessa experiência. A gestão que se inicia também terá muitos fiscais à espreita e, por isso, deverá tomar cuidado redobrado nos passos dados.
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