Não dá pra dizer que a estratégia da Secretaria Municipal de Saúde para enfrentamento da dengue foi um sucesso. Afinal, até este momento, oito pessoas morreram desde o início do ano, devido às complicações da doença e pelo menos outros sete óbitos estão em investigação. Há quem acredite que a reação ao crescimento dos números tenha demorado a acontecer e que até mesmo a abertura da Unidade de Dengue e Síndromes Gripais tenha demorado a ser implantada. Também há a leitura de que, no ano passado, pouco se fez além do trivial para evitar que uma nova epidemia surgisse, já que os especialistas vivem apontando que elas são cíclicas. É como se depois da calmaria viesse sempre uma nova tempestade. Ou vice-versa. A Equipe Municipal de Combate ao Aedes aegypti (EMCAa) continua nas ruas num combate continuado, mas pouco se viu de diferente, seja antes ou durante esse período de visível descontrole. Se é que há o que ser feito depois que o trem saiu dos trilhos. Ontem, segundo a Secretaria de Saúde, a unidade instalada no Postão para atendimento aos moradores com sintomas de dengue e Covid fechou suas portas. Ela foi criada para reduzir a demanda da UPA no período noturno, agilizando o atendimento da população nessa faixa de horário. Até chegou a atender aos sábados também, já que nesse dia nem mesmo as unidades de saúde dos bairros atendem, ficando toda a carga para a UPA. Agora, segundo o setor, com a redução da procura, a manutenção do local específico não é mais necessária e tudo pode voltar, digamos, que ao “normal”. Mas vale o alerta de que em caso de qualquer sintoma de dengue, é preciso procurar por orientação médica.