O Vida Longa, que surgiu lá atrás pelas mãos do governo estadual como Vila Dignidade, enfim sairá do papel em Catanduva. Trata-se de um condomínio residencial com 28 casas que serão ocupadas por idosos em situação de vulnerabilidade, porém independentes para cuidarem de si e de suas moradias. O ambiente geral será gerido pela Casa de Apoio à Criança, que assinou parceria com o poder público, ontem, depois de aprovação em chamamento público. A entidade vai administrar verba de meio milhão de reais por ano para cuidar do espaço, que é público, e oferecer atividades coletivas e de socialização para esse público. A seleção dos beneficiários já vem sendo feita há meses pelo Creas, órgão ligado à Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, conforme as regras do próprio programa. A ideia, em princípio, parece interessante sob o aspecto social e habitacional, já que esse público tem dificuldade de viver com qualidade e corre riscos diários de todo tipo. Por outro lado, exige verba pública significativa destinada a, por certa ótica, um número bem pequeno de pessoas. São apenas 28 e a demanda, provavelmente, até seja superior a essa, se os critérios forem um pouco flexíveis. Isso exigirá pulso firme de quem escolhe para fazer com que realmente os mais necessitados sejam atendidos neste primeiro momento e sempre que houver novas vagas para serem ocupadas. Como o investimento milionário foi feito e o empreendimento está em pé, na região do Pachá, resta torcer para que seja bem administrado e que os atendidos desfrutem de vida nova e longa.