Violência contra o mundo feminino

Desde há muito a violência contra a mulher no Brasil se tornou um problema sério, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em conjunto com o Instituto Datafolha, a mulher continua sendo alvo de agressão física, violação dos seus direitos humanos, atingindo-as também em seus direitos à vida.

Apesar de os números relacionados à violência contra mulheres no país serem alarmantes, avanços têm sido colocados em prática, principalmente com o advento da Lei Maria da Penha ( Lei n°. 11.340/2.006), considerada pela ONU uma das três mais avançadas de enfrentamento à violência contra mulheres, ainda deixa muito a desejar, mesmo com a criação da Delegacia da Mulher, no sentido de punições mais rígidas contra agressores.

Nos últimos dias, casos de violência têm chocado sensivelmente a sociedade brasileira, citando como exemplo o caso de uma idosa de 84 anos, surpreendida em sua residência, em São Paulo, por quatro assaltantes, amarrando-a e submetida a violências corporais. Não resistindo, veio a óbito em decorrência de um infarto.

Há de se fazer justiça com todo o rigor contra esses assaltantes e que merecem uma condenação das mais severas.

Verdade é que a violência contra as mulheres continua devastadoramente generalizada e começo assustadoramente entre jovens, revelaram novos dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e parceiros. Ao longo da vida, uma em cada três mulheres, cerca de 736 milhões é submetida à violência física ou sexual por parte de seu parceiro ou por parte de um não parceiro.

Dessa forma, foi oficializado um número que permaneceu praticamente inalterado na última década.

Essa evidência começa cedo: uma em cada quatro mulheres jovens ( de 15 a 24 anos), que estiveram em um relacionamento e que já terão sofrido violência de seus parceiros por volta dos vinte e poucos anos.

A violência contra as mulheres se concentra em todos os países e culturas, causando danos a milhões de mulheres e suas famílias, os quais foram agravados pela pandemia da COVID-19, declarou o diretor-geral da OMS Tedros Adhanom Ghebreyesus num dos depoimentos importantes e que mereceu os aplausos pela eficácia com a qual fez a explanação.

A violência praticada pelo parceiro é de longe e a forma com a qual ocorre atinge diretamente as mulheres em todo o mundo, afetando cerca de 641 milhões. No entanto, 6% das mulheres em todas as partes do universo relatam ter sido abusadas sexualmente por alguém que não seja marido ou parceiro. Dados os altos níveis de abuso sexual, o número real praticamente é significativamente mais alto.

Entre os tipos de violência que ocorriam contra mulheres há vinte anos, foram destacadas as discriminações e as violências físicas, psicológicas, econômicas e sociais. Ademais, o tráfico sexual de meninas e mulheres foi denunciado como uma das mais persistentes violações dos direitos e da desigualdade de mulheres.

A plataforma ainda destacou como determinadas mulheres sofriam com violências específicas, resultantes da interação de determinada condição de gênero com outras como a de a mulher ser indígena, negra, migrante, pobre ou habitante de comunidades rurais remotas.

Argumentou-se também que, além das consequências diretas e violência contra as mulheres, era necessário uma forma de combater medo em meninas e mulheres, as quais eram privadas de liberdades a que tinham direito dentro do mundo feminino.

Sempre há esperança de que as autoridades possam combater esse grande mal em todo o território Nacional.

Autor

Alessio Canonice
Ibiraense nascido em 30 de abril de 1940, iniciou a carreira como bancário da extinta Cooperativa de Crédito Popular de Catanduva, que tinha sede na rua Alagoas, entre ruas Brasil e Pará. Em 1968, com a incorporação da cooperativa pelo Banco Itaú, tornou-se funcionário da instituição até se aposentar em 1988, na cidade de Rio Claro-SP, onde reside até hoje.