Viaturas da esperança
Em termos técnicos, o Ministério da Saúde registra que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) é um dos componentes da Política Nacional de Atenção às Urgências e parte da Rede Assistencial Pré-Hospitalar Móvel de atendimento às urgências. Esse serviço é caracterizado pela “busca precoce da vítima após a ocorrência de um incidente que afete sua saúde, seja de natureza clínica, cirúrgica, traumática ou psiquiátrica”. Este tipo de atendimento busca evitar o agravamento da condição da vítima, minimizando o sofrimento, prevenindo sequelas ou mesmo evitando o óbito, por meio de atendimento e/ou transporte adequado. A linguagem sisuda não retrata, com sentimento merecido, a importância que o Samu representa para a comunidade, já que as pessoas tendem a depositar suas esperanças nos socorristas em situações que beiram a morte. É a última chance de reverter uma tragédia, o salvamento que chega de viatura. Não à toa o número de chamados ao Samu cresceu significativamente na região de Catanduva, a partir da expansão das bases, que hoje alcançam oito municípios. Até então, os moradores dessas localidades dependiam de ambulâncias locais ou da própria sorte; agora, sabendo que há uma viatura de resgate bem próximo, é mais prudente acioná-la. Vale lembrar que, tempos atrás, o Samu de Catanduva chegou a ser alvo de críticas pelo desgaste das ambulâncias, mas as coisas mudaram, sobretudo a partir da criação do Consirc – Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região de Catanduva – e, hoje, o Samu volta a inspirar orgulho.
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