Velocidade alta

O Brasil registrou mais de um milhão de acidentes em 2.024, segundo dados consolidados naquele ano, o que resultou em mais de 33,8 mil mortes, uma média de 92 mortes diárias. Nessas condições, praticamente temos um óbito a cada 15 minutos e um ferido a cada dois minutos. Esses números foram abordados nesta página, recentemente, em artigo assinado por Alessio Canonice. Ele relembrou que, no país, as principais causas de morte são doenças não transmissíveis, com destaque para as cardiovasculares, os diversos tipos de câncer, diabetes, doenças respiratórias e do aparelho digestivo. Depois aparecem os acidentes de trânsito. Ao abordar as causas, ele cita as estruturais: “Há de se ressaltar o fato de que algumas rodovias não foram aprimoradas estruturalmente e não atendem às necessidades do tráfego atual, evidenciando a falta de investimento em segurança nas rodovias brasileiras e em melhoria da infraestrutura é um fator determinante par ao aumento no número de acidentes.” Porém, também cita a imprudência, representada pelo excesso de velocidade e pelo consumo de bebida alcoólica antes de dirigir. Curiosamente, quando as reportagens sobre radares são veiculadas, o mais comum é que surja a crítica à suposta indústria de multas, mas também tem sido recorrente o elogio, diante da necessidade de controlar a velocidade dos motoristas imprudentes. Quando se está à frente da direção de um veículo, nem sempre se tem a dimensão do estrago que pode ser causado por uma distração ou uma ação indevida. São vidas que estão em risco.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.