Vamos falar sempre
Teremos que falar sobre a doação de sangue até virar hábito, fazer parte do dia a dia das pessoas, tal como tantas outras atividades rotineiras. Quem tem uma vida minimamente estruturada, certamente se organiza para ir ao menos uma ou duas vezes por ano ao dentista, fazer os exames preventivos nas faixas etárias indicadas, check-up de tempos em tempos, tomar as vacinas necessárias, enfim, cuidar da saúde. Para esse público, doar sangue poderia ser mais um compromisso dentre tantos outros pessoais e profissionais.
Mas o fato é que não é. A doação de sangue entra na vida da pessoa como uma emergência, na hora do desespero, pra ajudar um familiar ou amigo muito querido, porque se não for tão próximo assim talvez nem entre. Alguns desses doadores emergenciais até se comovem e repetem a boa ação, mas se for apenas essa a forma de conquistar voluntários, o Hemonúcleo estará literalmente perdido.
É um processo lento demais, impreciso, quase que a depender da sorte. Enquanto isso, as bolsas de sangue dos hospitais vão se esvaindo e a vida de inúmeras pessoas ali internadas dependendo de novas doações. Desesperador, não é? Imagina então se o paciente fosse seu pai, mãe, irmão ou filho, caro leitor?
Nessas horas, a mobilização existe, todo mundo sai correndo chamando pessoas e mais pessoas para doar sangue. É um desespero que não precisaria acontecer, já bastando o temor pela própria doença que a pessoa enfrenta ou os riscos de eventual acidente sofrido. Quem puder, doe sangue. Hoje, amanhã e depois. Com apenas uma doação, você pode ajudar a salvar até quatro pessoas. É um gesto bom pra você e melhor ainda para quem recebe.
Autor
Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.