Vamos falar de diversidade

No início, quando alguém citava a antiga “Parada Gay”, realizada na capital, hoje chamada de Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo - ou mesmo Parada do Orgulho LGBT -, interpretava aquela ação como uma festa, quase carnavalesca, muitas vezes no sentido perojativo mesmo. Festa realmente é, até porque um de seus objetivos é justamente aumentar a exposição ou visibilidade desse público e demonstrar o ânimo para defenderem seus direitos. Também se tornou um evento turístico, apoiado por essa indústria, ao lotar hotéis e restaurantes – é assim em São Paulo, no Rio de Janeiro e outras capitais. E, ainda, envolve uma série de ações de base, voltadas à reflexão sobre a realidade da população LGBTQIA+ e a busca por soluções e melhores condições de vida para essas pessoas. Como se vê, portanto, é algo que vai muito além de um desfile pelas ruas: é um movimento político e social que defende a igualdade. Em Catanduva, a Parada da Diversidade, que chega este ano à sua 15ª edição, também ganhou notoriedade e espaço, apesar das mudanças consecutivas de local e formato, mantendo público cativo. Do mesmo modo, além da abordagem festiva, o movimento desenvolve outras iniciativas voltadas ao debate, estudo e reflexão sobre temáticas alusivas à população LGBTQIA+, com foco na inclusão social, saúde, educação, mercado de trabalho, respeito e tolerância. O intuito é estimular discussão aprofundada sobre questões que padecem diante do preconceito da sociedade e que atinge e mata lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis, queers, intersexuais e assexuais, mais as outras identidades de gênero e orientações sexuais não citadas na sigla. É uma jornada árdua, muitas vezes fatal, que precisa ser trilhada e apoiada por toda a sociedade para que, um dia, com todos realmente iguais e em harmonia, esse emaranhado de letras não seja mais necessário.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.