O quão importante somos para executar alguma função, atividade ou ação até que alguém venha a julgar que não somos mais? De que forma valoramos a importância do outro mediante a atual situação na qual estamos vivenciando? Fato é que costumamos dar valor a alguém somente pela sua importância em determinado momento situacional, após isso, torna-se irrelevante, como se tudo o que contribuiu fosse descartável.

É implícito que há uma enorme incapacidade de reconhecer o outro, em especial como alguém relevante na construção coletiva. O individualismo e a necessidade de gozar de louros que muitas vezes não são por conquistas nossas faz com que sejamos egoístas a tal ponto de menosprezar a participação do outro nestas conquistas.

Essa mesquinhes humana afeta não apenas as relações interpessoais, mas diversos outros campos da vida social, aumentando ações egoístas e individualistas, a ponto de aumentar conflitos e competições entre indivíduos com o mesmo objetivo.

Precisamos de uma cultura de valorização e valoração do ser humano, como partícipe importante da construção coletiva dos objetivos comuns, sem contar que, quando estes deixarem de participar, que a valoração seja pela sua contribuição e não uma taxação pela irrelevância de sua atuação.

A construção de valores sociais e morais é um importante passo para reconhecer o outro, caso contrário, estaremos fadados a julgar o outro por uma régua baixa e mesquinha da mediocridade.