A oportunidade que as estudantes Mariely Batael Fanelli, de 20 anos, e Yasmin Barbosa Barata, de 23, terão com o Intercâmbio Cultural do Centro Paula Souza (CPS) poderá ser única. Elas vão estudar no exterior, ainda que não saibam qual será o destino. A bolsa para o intercâmbio contempla passagem aérea, curso intensivo da língua estrangeira com duração de quatro semanas, acomodação e alimentação em casa de família, seguro-viagem e cobertura de saúde, e ajuda de custo de 400 libras, euros ou dólares, dependendo do local designado. Ou seja, não faltará nada. Esse é um dos benefícios que podem ser alcançados por estudantes que cursam o ensino superior público – que, querendo ou não, carrega qualidade e diferenciais importantes nas áreas de ensino, pesquisa e extensão. Universidades, faculdades e escolas técnicas públicas não perdem em nada para o setor privado e, em muitos aspectos, estão até à frente. Pena que na educação infantil e ensino fundamental essa realidade não se concretize no mesmo tom, bastando ver a dificuldade que o país enfrenta para a alfabetização e para conter a violência que insiste em invadir o ambiente escolar. Hoje chega a ser saudosista o pensamento de que as escolas públicas eram melhores que as particulares, mas realmente foi assim por longo tempo, tanto que a inversão pode ser considerado algo recente. É preciso valorizar a educação pública, de ponta a ponta, dos pequeninos aos jovens que saem formados e prontos para o futuro.