Vale a pena ver de novo
Catanduva vivencia problemas com o transporte público coletivo de passageiros há vários anos. A gravidade é tamanha que já chegou a derrubar um prefeito. Quando a Jundiá chegou ao município e assumiu o serviço, o anúncio foi feito com festa, por volta de 2008. Os ônibus foram os primeiros a oferecer plataformas para pessoas com deficiência, revolução para os circulares, na época.
Foram 10 anos em que a operação transcorreu com poucos sobressaltos, à exceção de um embróglio envolvendo o preço da passagem na gestão Vinholi, que segue em trâmite na Justiça. A coisa complicou mesmo ao final do contrato, na gestão Macchione, quando a empresa reivindicou subsídio e – com a negativa – sequer participou da licitação seguinte.
A partir daí começou a novela que todos os catanduvenses assistiram, com a queda-de-braço entre Prefeitura e Câmara, o episódio em que o ex-prefeito colocou ônibus escolares que estavam ociosos para atender a população de forma gratuita, o que culminou com sua cassação.
De lá pra cá, desde o contrato emergencial assumido pela Auto Viação Suzano e o advento da pandemia, as coisas nunca mais caminharam bem e, hoje, as reclamações dos usuários começam a se avolumar, apesar do gordo subsídio adotado desde o surgimento do coronavírus.
A CEI instaurada pela Câmara, se não afugentar a empresa de vez e forçar a Prefeitura a voltar à estaca zero, fazendo com que a cidade reviva cenas já assistidas, fará com que o assunto volte ao centro dos debates e, de uma forma ou outra, levar a melhorias em favor da população.
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