Vai sobrar para investir?

 

Os números trazidos pela reportagem de O Regional sobre o impacto financeiro do projeto de reestruturação de cargos e salários do funcionalismo municipal são significativos. Esta análise, que deverá ser feita pelos vereadores na sessão desta noite, também precisa ser realizada pela sociedade organizada.

Mas é preciso ir além da mera confirmação se a Prefeitura tem caixa e fôlego financeiro para sustentar o aumento dos gastos com a folha salarial.

É necessário avaliar se o município ainda terá condições de investir nas necessidades da população depois de destinar tantos recursos para o quadro de pessoal. Em outras palavras, vai sobrar para o povo?

Não questionamos o mérito dos servidores dos níveis mais baixos, que realmente precisam ter ganhos melhores, mas quem destrinchar o projeto provavelmente ficará em dúvida, tal como nós, se certas benesses dadas a determinadas categorias são realmente necessárias.

Também, se é realmente essencial criar tantos cargos comissionados, incluindo alguns extintos há poucos anos por decisão do Judiciário, para que a máquina pública siga seu curso.

Não dá para prever o futuro, mas é possível arriscar que, em alguns anos, caso as contas públicas entrem em colapso e falte recursos para investir na cidade, alguém vá lembrar desse gasto exorbitante da atual administração com o próprio funcionalismo sem olhar para a frente e para toda a população.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.