Vai e vem da dengue

Tem algo muito errado acontecendo com relação à dengue em Catanduva. A cidade já contabiliza quatro mortes pela doença este ano e, ao lado de Votuporanga, lidera o “ranking” de óbitos do Noroeste Paulista. Há quem diga que todos os anos há mortes por dengue, ainda que em outros momentos isso tenha atraído bem menos atenção. E isso é, parcialmente, verdade. Houve registros de mortes em todas as epidemias e, entre elas, é fácil lembrar do caos vivenciado em 2015, quando 35 pessoas perderam a vida em Catanduva. Naquele ano, tudo saiu do controle e mais de 10 mil casos foram confirmados... até o poder público desistiu de monitorar os números. Ainda que felizmente estejamos bem distantes daquela situação, chama atenção no levantamento atual que o principal município da região, São José do Rio Preto, não tenha registrado mortes por dengue este ano. E Catanduva, que deveria ter feito melhor a lição de casa nos anos anteriores, para evitar a existência de criadouros, está no topo da lista regional. Em 2022, fizemos várias reportagens alertando para os números crescentes da dengue. Naquele ano foram cerca de 3 mil casos positivos, ou seja, uma das piores epidemias da história da cidade – apesar de não ter ganhado a luz merecida. O que acontece, porém, é que no ano seguinte houve a famosa calmaria, oscilação comum segundo os especialistas, e, em 2024, está aí mais uma vez a crise instalada na saúde pública devido à dengue, com mais vidas perdidas devido à doença.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.