Vacinar! O óbvio da história

Qual o valor da vida de seu filho para você? Qual a importância da saúde e bem-estar de seu filho? Até que ponto o posicionamento político te influencia a ponto de expor você e seu filho às doenças sob as bandeiras negacionistas? O último governo tratou o tema saúde pública e vacinação com tamanho desdém, que o Brasil passou a figurar entre os 20 países com mais crianças não imunizadas, percebem o quão perigoso é isso?

Doenças há muito eliminadas (sim, eliminadas, porque para usar o termo erradicadas, elas precisam desaparecer do mundo todo), como poliomielite e sarampo tiveram alto risco de causarem dor de cabeça com seu retorno, tudo porque, sob o pretexto de liberdade, a extrema direita empenhou-se em criar leis e falácias sobre a não necessidade de vacinação, com isso, os mais radicais e as pessoas mais volúveis, afastaram seus filhos da vacinação, mesmo sendo algo obrigatório e mais, UM DEVER, para com seu filho.

Entretanto, o panorama melhorou um pouco com o Movimento Nacional pela Vacinação, fazendo com que os índices melhorassem, embora ainda haja uma parcela da população que prefere expor seus filhos a doenças, do que vaciná-las. De toda forma, estamos longe de um cenário pleno acerca da saúde pública, há muitas coisas a melhorar, em especial, a capacidade de sermos humanos e pensarmos além do viés extremista.

A sua vida tem valor, a do seu filho também e a de todos que o cercam tem o valor, tratar um assunto tão sério com tamanho desprezo é desumano, é criminoso demais. Será que vale mais a pena manter o posicionamento negacionista do que ver seu filho crescer pleno de saúde?

Existe uma vida além da visão turva que o extremismo político impõe, essa vida precisa ser vivida com plenitude e mais, com sensatez, qualidade essa que te obriga a usar os mecanismos cognitivos e colocar em xeque muitas coisas que são espalhadas pelas redes sociais. Portanto, sejamos sensatos e vamos vacinar nossos filhos, leve essa ideia a outros e façamos do Brasil, um país em que nossas crianças possam crescer despreocupadas (pelo menos nesse sentido) de serem acometidas por doenças que já sumiram de nosso cotidiano.

Autor

Eduardo Benetti
Professor Recreacionista em Catanduva