Vacinar é um ato de amor

Infelizmente, dos últimos quatro anos para cá, tivemos um incrível avanço do negacionismo sobre a eficácia da vacinação, principalmente em relação aos seus efeitos no corpo humano. Muitos doutores do Whatsapp que pouco compreendem o papel da pesquisa científica e sua aplicação no cotidiano. Muitas famílias, sob as falas de que a vacina causaria mutações, problemas e etc., deixaram de vacinar seus filhos, muitos desses ainda bradando o negacionismo tão virulento que se instaurou em nossa sociedade.

Novamente volta à discussão o tema vacina, dessa vez, a da Dengue, há aqueles que vacinarão sim seus filhos e se puder, se vacinarão também, de forma a evitar a contaminação, outros, porém, com apoio de políticos extremistas, deixarão seus entes queridos à mercê dessa doença.

Engraçado que até 2017 toda vacinação ocorria tranquilamente, sem estes queixumes que surgiram como doença a partir de 2018. Vacinar é um ato de amor, é estender sua preocupação para com os demais que o cercam, é proteger. Estamos vivenciando um grande avanço nos casos de Dengue no Brasil e com isso, muitas pessoas poderão perder a vida pela ignorância de uns ou a sua própria.

É necessário que saiamos de algumas bolhas para olhar a situação de forma mais objetiva e voltada ao coletivo, principalmente aquele formado por nossos pais, filhos e parentes. E aqui vai outra dica para melhorar nossa compreensão de mundo...Deixe o Whatsapp como ferramenta de comunicação e não de informação, para isso, existem sites como Scielo, Capes, Google Scholar que poderão contribuir com informações adequadas, para tanto, é necessário ler, estudar, compreender e isso está muito além dos poucos caracteres que nos dispomos a tomar como verdade e que são jogadas nas redes sociais sem nenhum compromisso com a verdade.

Autor

Eduardo Benetti
Professor Recreacionista em Catanduva