Vacinação em escolas

Os cidadãos mais antigos certamente lembram que as vacinas eram aplicadas nas escolas, onde também eram feitas as consultas odontológicas e outras abordagens da área da saúde. Aliás, naquela época, as vacinas contra tuberculose, varíola e outras eram aplicadas por uma pistola sem agulha, que utilizava a compressão do ar para injetar o líquido na pele. As crianças das décadas de 1960 a 1990 têm marcas nos braços até hoje como lembranças. Muito importante para viabilizar acesso à imunização em massa, o uso da pistola foi substituído por outras técnicas de dosagem mais precisa. As gotinhas da vacina Sabin, para evitar poliomielite (paralisia infantil), por exemplo, foram aceitas de forma mais amigável e tranquila. Seja de uma forma ou outra, as campanhas de vacinação foram essenciais para evitar epidemias e salvar vidas. Na década de 1970, por exemplo, até o governo militar realizou campanhas que mostravam a importância de se imunizar contra diversas doenças e reforçava a obrigatoriedade da vacinação para crianças. Você não leu errado: a vacina era obrigatória para as crianças durante a ditadura, sob risco de corte do salário-família. Até um personagem de animação, o Sujismundo, foi usado pelos militares para promover campanhas educativas e convencer os brasileiros a se vacinar. Nas peças publicitárias, ele sempre aparecia com aspecto sujo e era aconselhado a melhorar seus hábitos. Nos dias atuais, diante de movimentos contrários à imunização, a aplicação da vacina nas escolas volta à tona como forma de elevar a cobertura vacinal de crianças e adolescentes, reforçando o papel das escolas na promoção da saúde. O sucesso dessa política, ao longo dos anos, é incontestável, tendo contribuído para a redução das doenças imunopreveníveis em escala global.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.