Uso da I.A. em nosso favor

Enquanto as críticas à Inteligência Artificial se espalham devido sobretudo a questões relacionadas a direitos autorais, como nos casos recentes das imagens que remetem ao estilo Studio Ghibli e da Mauricio de Sousa, há muito avanço sendo feito graças, justamente, à I.A. O projeto liderado pelo pesquisador Márcio Andrey Teixeira, professor do Instituto Federal, é um desses exemplos. O estudo consiste em compilar as informações sobre os casos de dengue atualizados de Catanduva em um mapa interativo que, posteriormente, poderá ser acessado pelos moradores em um aplicativo. A ideia é que o dispositivo possa servir para a gestão municipal promover campanhas de combate à doença e os usuários consigam denunciar possíveis focos do transmissor da dengue que ainda não foram detectados. Até aí, parece algo até corriqueiro, porém a segunda aplicação do estudo combina a capacidade preditiva da IA, o histórico de casos de dengue no município e prontuários clínicos de uma unidade de saúde para medir o nível de severidade da doença e a necessidade de intervenções precoces da equipe médica para evitar o agravamento dos casos. Para cumprir todas as exigências de projetos aplicados na área de saúde, Marcio Andrey Teixeira conta com respaldo de pesquisadores da Universidade Tecnológica do Texas, nos Estados Unidos. A parceria iniciada em novembro do ano passado recorre às IAs federativa e explicada para compilar os dados extraídos do projeto e comprovar que as recomendações sugeridas seguiram, de fato, os protocolos e padrões internacionais exigidos pelos órgãos de fiscalização e controle. O pesquisador fechou parceria com a prefeitura e estima que a partir da metade do ano, tanto o app como o sistema de recomendação de conduta clínica, com acesso restrito aos médicos da unidade de saúde pré-definida, deverão começar a gerar informações contínuas para formar uma base histórica capaz de determinar a efetividade das medidas de combate à dengue. Outra indicação importante será a incidência ou erradicação da doença em regiões específicas e essa evolução ao longo dos meses. O passo seguinte seria padronizar a captação desses dados e processá-los via sistema para que a IA possa reconhecer padrões específicos. Esse avanço abriria novas possibilidades.

Autor

Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.