Urgência de agir

O Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado neste sábado, 31 de maio, serve como lembrete anual da devastação causada pelo tabagismo em todo o mundo. Apesar dos esforços globais e nacionais para combater o vício, o tabaco continua a ser uma das principais causas de morte evitável, ceifando mais de 8 milhões de vidas a cada ano. No Brasil, a prevalência de fumantes ainda é preocupante, com 12,8% (PSN/2019) da população adulta dependente do tabaco. Além disso, de acordo com dados do Ministério da Saúde (2025), para cada R$ 1 de lucro da indústria do tabaco, o Governo Federal gasta R$ 5 no tratamento de doenças causadas pelo fumo. É inegável que avançamos em termos de legislação e conscientização, mas a realidade é que muitos fumantes ainda não têm acesso ao apoio necessário para abandonar o vício. A falta de políticas públicas eficazes e a escassez de tratamentos acessíveis são barreiras que precisam ser superadas. Precisamos de campanhas mais impactantes, programas de cessação do tabagismo abrangentes e um sistema de saúde preparado para acolher e tratar os dependentes. Parar de fumar é um ato de amor próprio com benefícios quase imediatos. Em apenas 20 minutos, a frequência cardíaca e a pressão arterial se normalizam. Em um ano, o risco de infarto é reduzido à metade. Após 10 anos, o risco de câncer de pulmão diminui drasticamente. Além dos benefícios físicos, a saúde mental também é beneficiada, com a redução da ansiedade e da irritabilidade. O Dia Mundial Sem Tabaco não deve ser apenas uma data comemorativa, mas sim um chamado à ação. É hora de repensarmos nossas estratégias, investirmos em políticas mais eficazes e garantirmos que todos os fumantes tenham a oportunidade de se libertar do vício.
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