Um leão por dia
Durou pouco a sensação de otimismo de que 2022 seria um ano de retomada econômica pujante, que tomou conta de algumas pessoas, talvez estimuladas pelo “fim” da pandemia. Muito pelo contrário.
O desempenho da economia de Catanduva no quesito geração de emprego demonstra que a situação vai no sentido totalmente oposto. Duzentas pessoas perdendendo o emprego em um único mês, março no caso, é muita coisa. É um público que sequer é absorvido pelos programas sociais existentes e que terá dificuldade imensa para conseguir se recolocar no mercado de trabalho.
Como agravante, tem-se o alto preço dos produtos da cesta básica nos supermercados, o combustível que segue nas alturas e outros tantos pesos e impostos que são lançados sobre o ombro do cidadão – inclusive do desempregado.
Dentro desse contexto, o resultado visto no Caged no mês de março não traz qualquer surpresa. Basta caminhar pelas ruas comerciais em um dia comum para constatar a paradeira e, depois, confirmar o resultado disso nas mais de 170 vagas que foram cortadas pelo setor, este ano.
Mas há novos negócios abrindo, não há? Sim. Muitos deles são tocados por pessoas que desistiram de procurar emprego, abandonando o crachá de vez e se lançaram como potenciais empreendedores, tentando mudar os rumos de suas próprias vidas. Na linguaguem popular, é a luta pela sobrevivência.
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