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Pelo menos até agora, apesar dos esforços populares com protestos e abaixo-assinados, tudo vem acontecendo dentro do que as autoridades programaram. O aumento dos subsídios do prefeito, vice-prefeito, secretários municipais e dos vereadores para a próxima legislatura foi concretizado a partir de leis promulgadas pelo presidente da Câmara, conforme publicação no Diário Oficial. O aumento do número de vereadores também é caminho sem volta, a não ser que uma das ações judiciais em trâmite frutifique. O único ponto controverso quanto a essa questão é que o IBGE deve confirmar que a população de Catanduva está na casa dos 115 mil habitantes, o que forçosamente poderá fazer com que o Legislativo tenha como teto legal, diante da Constituição Federal, o número de 17 vereadores – e não 19 como aprovado inicialmente, tendo como base a estimativa populacional feita pelo instituto, que era superior a 123 mil habitantes. Não custa frisar que há tempo para que essas coisas todas tramitem, tanto as ações quanto a definição populacional exata, já que as mudanças impostas pela Câmara valerão a partir de 2025. Se bem que os atuais agentes políticos que estão na prefeitura também tiveram boas novas, esta semana, já que eles terão seus ganhos elevados de forma imediata devido à decisão judicial que considerou improcedente ação movida pelo Ministério Público contra os valores estabelecidos até 2020 – o que, a partir de liminar, fez com que os subsídios fossem reduzidos desde o início do atual governo, em 2021. Agora, eles ganharão mais e, provavelmente, reivindicarão os valores retroativos do período. Quanto à população, que esperneou e ainda alimenta esperanças de que algo aconteça no campo jurídico, é nítido que a desesperança com os eleitos dá o tom do momento e que haverá campanhas futuras contra os que aprovaram os reajustes, bem como contra o próprio prefeito Padre Osvaldo. Afinal, ele perdeu a chance de vetar os aumentos.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.